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10 jogos na VNL diminuem as dúvidas olímpicas

Uma análise de Daniel Bortoletto sobre a disputa por vagas em Tóquio na Seleção Brasileira feminina, após dez jogos na VNL em Rimini
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18 atletas inscritas na Liga das Nações (VNL) feminina pela Seleção Brasileira. Apenas 12 vagas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Dez jogos depois, a equação começa a apresentar o resultado para a definição da lista olímpica.

José Roberto Guimarães, sem ter conseguido consolidar um time titular durante quase todo o ciclo olímpico por diferentes motivos, tem utilizado com frequência na VNL uma equipe-base com Macris, Tandara, Gabi, Fernanda Garay, Carol, Carol Gattaz e Camila Brait. Sabe que precisa de entrosamento.

Das sete, apenas Carol Gattaz não entrou na bolha de Rimini com o passaporte olímpico carimbado. A experiente central aproveitou as oportunidades e tem mostrado que a idade não será um empecilho para fazer a estreia na principal competição do planeta, completando 40 anos durante os Jogos.

Com Gattaz em alta, uma das “disputas internas” para a Olimpíada foi definida. Para fechar o meio de rede, uma vez que Zé Roberto já deu indicações de que levará três jogadoras da posição, Bia ainda é a favorita. Foi muito utilizada em todo o ciclo olímpico, mas não vive seu melhor momento. Ficou fora da lista de relacionadas em alguns jogos na VNL, mas parece estar à frente de Adenízia e Mayany.

Outro nome garantido é Natália, capitã da Seleção. A cirurgia na mão a impediu de atuar nesta VNL até agora e talvez tenha custado a titularidade em Tóquio. Mas é nome certo e opção muito importante no tripé com Gabi e Garay para ser utilizado em diferente situações da Olimpíada.

No levantamento, a disputa de Roberta e Dani Lins para ser a reserva de Macris segue aberta. Zé Roberto tem revezado a dupla entre as inscritas para cada jogo. Creio que a reta final da VNL vai pesar para que as últimas dúvidas da comissão técnica sejam sanadas.

Quem tem se aproximado da Olimpíada é Rosamaria. Depois de perder a primeira semana da Liga das Nações por lesão, ela vem aproveitando as chances recebidas. A partida com a Polônia foi um bom exemplo, no fim do terceiro set, ao rodar três de quatro bolas recebidas. Nas parciais anteriores, Sheilla havia sido utilizada na inversão, sem ter a mesma eficiência na virada de bola. Rosa vive um momento melhor do que Sheilla e Lorenne, as demais concorrentes, e ainda ganha pontos pela versatilidade de poder jogar na ponta em alguma emergência, algo que um elenco com apenas 12 atletas exige.

Com Rosa entre as 12 e um elenco com três centrais, Sheilla e Lorenne ainda disputam a última vaga com a jovem Ana Cristina. A garota de 17 anos tem recebido todo o cuidado possível nesta VNL. Iniciou um jogo com a Itália como titular, não teve bom desempenho no passe e precisou ser substituída até como precaução para não carregar um peso desnecessário para a idade. Tem entrado para sacar (usa o viagem, uma raridade no feminino) e é ainda uma jogadora pouco estudada pelos adversários. É o futuro da Seleção e eu não me surpreenderia em vê-la em Tóquio, como 12ª jogadora, para quebrar o gelo, um batismo já pensando em Paris-2024, Los Angeles-2028 e por aí vai.

Por Daniel Bortoletto

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