Neste 17 de abril, a frase “Paris é logo ali” faz todo sentido. Faltam 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos e diversos eventos estão marcados mundo afora para marcar a efeméride.
Para o vôlei brasileiro, o sino com o alerta da proximidade olímpica soou com José Roberto Guimarães e Bernardinho anunciando nomes para a Liga das Nações (VNL). A única competição antes de Paris ajudará a responder diversas perguntas.
No masculino, um primeiro movimento de Bernardinho para Paris não deu resultado. Ele tinha o desejo de ter Douglas Souza de volta. Conversas aconteceram, o nome dele foi incluído na convocação, mas rapidamente saiu a negativa do ponteiro.
Para mim, Bernardinho fez o certo ao convocar Douglas e deixar público o seu interesse. E o atleta tem direito de manter sua decisão tomada em Tóquio-2021. Eu gostaria de ver o ponteiro de volta ao grupo para disputar espaço e aumentar o leque de opções na posição. Mas tenho de respeitar sua posição.
No mais, faltando a convocação dos “estrangeiros” e dos semifinalistas da Superliga, o Brasil de Bernardinho ainda é uma incógnita que apenas a VNL ajudará a desvendar. Pouco tempo para construir um trabalho novo, fazendo com que eu acredite em mudanças pontuais nestes 100 dias antes de Paris.
No feminino, Zé divulgou as 30 inscritas na VNL. E existe uma diferença enorme entre estar nesta lista e ser convocada para os treinos. Dito isso, não acredito que todas as atletas mais experientes presentes entre as 30 participarão da preparação para a Liga das Nações e consequentemente para Paris-2024. Creio que a comissão técnica deva trabalhar com 18, 19 atletas, uma vez que terá de reduzir para 13 para a Olimpíada.
A volta de Camila Brait é a grande dúvida dos vôleifãs. Repito aqui o que venho dizendo nas lives do Web Vôlei: eu a levaria para Paris. Para alegria da Alice, a filha da líbero e responsável por deixar a torcida mais esperançosa, semanas atrás, ao dizer no microfone que a mãe, surpresa com a ação, gostaria de ir para os Jogos.
Faltam 100 dias e o tempo vai parecer passar bem mais rápido a partir de agora até o começo da Olimpíada. Preparada(o)s, vôleifãs?
Por Daniel Bortoletto
