A modalidade 4×4 do vôlei de praia, nos Jogos Mundiais de Praia, em Doha (Qatar), reunirá uma Seleção Brasileira de peso, a partir deste sábado.
A equipe brasileira será representada por Bárbara Seixas (RJ), Carolina Horta (CE), Fernanda Berti (RJ), Juliana (CE), Rebecca (CE) e Tainá (SE), comandadas pela técnica Letícia Pessoa, com Reis Castro como chefe de equipe. São quatro atletas em quadra, com dois como opção na reserva. A disputa em Doha será a primeira do 4×4 sancionada pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB).
A estreia da equipe brasileira acontecerá neste sábado, às 14h30 (de Brasília), contra a seleção da Nigéria.
Rebecca, que será a levantadora da equipe brasileira, comentou a nova experiência na carreia e destacou o rápido entrosamento no primeiro treino em Doha.
– Nunca joguei o vôlei de praia no formato 4×4, só tive experiências no voleibol de quadra. É uma modalidade bastante divertida, fizemos o primeiro treinamento nesta quinta-feira com as seis jogadoras, pudemos observar que as meninas se encaixaram bem. Ficarei um pouco mais fixa como levantadora, mas com a opção de também atacar no contra-ataque. Vamos buscar entender rápido o espaço em quadra para buscar essa medalha – disse.
A medalhista pan-americana Carolina Horta também comentou sobre a chance de ser parceira de atletas que normalmente estão do lado oposto da rede.
– Estamos todas muito motivadas, muito empolgadas para jogar aqui em Doha. Normalmente estamos nos enfrentando nas etapas e vamos ter a oportunidade de sermos parceiras, dividindo o mesmo lado da quadra. Uma experiência muito bacana e que está deixando o clima muito bacana. O treinamento que realizamos foi muito bom, testamos algumas opções de formação e temos tudo para fazer uma boa estreia – destacou.
Tanto Barbara quanto Fernanda revelaram que foram chamadas ainda na disputa das etapas do Circuito Mundial deste ano pela técnica Letícia Pessoa. E não hesitaram em seguir em um novo desafio, diferente de tudo o que já enfrentaram.
– A Letícia me fez esse convite pessoalmente. Ela me contou da competição, do formato e fez o convite. Aceitei com muito prazer. Vestir a camisa da seleção sempre é um grande orgulho. Estamos nos divertindo muito. Apesar de pouco tempo de treino, acredito em nosso espírito competitivo. Acho que esse será nosso grande diferencial – afirmou Fernanda Berti.
Vice-campeã olímpica em 2016, Barbara Seixas segue a mesma linha da companheira e ainda ressalta a alegria de estar lado a lado com grandes e conhecidas adversárias.
– Está sendo muito interessante. Não só pelo formato, mas também pela convivência mais próxima com as jogadoras do Brasil, que normalmente são nossas oponentes. Estamos trocando muito e nos divertindo bastante. E isso torna essa experiência ainda mais leve e agradável. A expectativa é muito positiva e espero que consigamos colocar toda essa energia dentro da quadra para executar o nosso melhor – disse Barbara Seixas.
O Brasil está no grupo A e enfrenta a Nigéria na estreia. Depois, duela contra República Tcheca e Estados Unidos, ambos os jogos no domingo, às 10h e 14h (de Brasília), respectivamente. Os quatro times da chave avançam para a fase eliminatória, que segue com quartas de final, semifinais e disputas de bronze e ouro durante a semana.
São permitidas até quatro substituições por set. Um atleta que iniciou o set e foi substituído, só pode retornar no lugar do mesmo atleta que o substituiu. As posições em quadra são livres, respeitando, porém, a ordem do rodízio no momento do saque.
A disputa 4×4 é uma variação do vôlei de praia tradicional, disputado em duplas. A área de quadra é a mesma, um retângulo medindo 16m x 8m, mas são quatro atletas em cada time, com dois na reserva. A altura da rede também é a mesma, sendo de 2,24m no feminino. O sistema de pontuação também é o mesmo da forma tradicional, melhor de três sets, sendo o último decidido no tie-break de 15 pontos.