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Academia do Voleibol debate estatísticas e análise de dados

A importância da análise dos dados estatísticos foi o tema do debate de mais uma edição da Academia do Voleibol
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A análise de dados e informações estatísticas no esporte foi o tema desta quinta-feira no 41° encontro virtual da Academia do Voleibol. A apresentação nesta edição foi da professora Sandra Caldeira, especialista em estatística aplicada ao esporte, e Adriano Roza, preparador físico da Seleção Brasileira feminina sub-20, criador de softwares de análise de dados.

O uso das informações e estatísticas tornou-se fundamental ao longo dos anos nas equipes de voleibol. E a palestrante Sandra Caldeira foi precursora no desenvolvimento da atividade. Formada na área de exatas, Sandra trabalhou com a Seleção masculina entre 1986 e 1996, sendo responsável também pelo desenvolvimento do sistema de informação utilizado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB).

– A informação estatística está presente para auxiliar a comissão técnica e atletas no plano de trabalho. Na determinação dos critérios e metas para fundamentos, apontar a direção que se quer tomar. E serve também de subsídio para acompanhar a evolução como um todo. No plano de jogo, permite o estudo dos pontos fracos e fortes, a especialização de cada atleta adversário e a construção de alternativas dentro dos jogos – declarou Sandra.

Ela também foi criadora do modelo de análise de dados implementado na Superliga de 1996 até 2017. Sandra destacou as diferentes interpretações possíveis com os mesmos dados coletados, lembrando que o parâmetro é um ponto fundamental na atividade.

– A comissão técnica define os parâmetros e critérios da análise de dados, baseada no modelo de trabalho. É possível olhar os números de maneiras distintas, por eficiência, eficácia, coeficiente de produtividade. Utilizando como comparação uma equipe adversária, a média de um torneio internacional. O mesmo dado possui múltiplas leituras e quem decidirá a maneira ideia de utilizar é a comissão – disse Sandra.

Após a fala de Sandra Caldeira, foi a vez de Adriano Roza apresentar algumas visões práticas da utilização em uma equipe. Preparador físico da equipe de São Caetano (SP) e da Seleção feminina sub-20, ele começou a se interessar pelo tema trabalhando na equipe do ABC, que na época não contava com um profissional exclusivo da área.

– Inicialmente fazíamos a coleta de estatísticas na prancheta, anotando os dados durante a partida. Comecei a desenvolver um software que apresentava uma análise dos dados e ao longo dos anos aperfeiçoando. Um programa que posteriormente foi utilizado no vôlei de praia, com a prata olímpica de Alison/Emanuel, o ouro olímpico de Alison/Bruno Schmidt, e agora, que estará em Tóquio com Alison/Álvaro Filho – disse Adriano, que completou.

– O analista de desempenho precisa saber como o técnico entende o jogo. Não adianta ele começar a colher dados da maneira que julga correta, se o treinador tem outra visão. É necessário entender a necessidade da comissão, cruzar dados e não analisar fundamentos completamente isolados, de forma fria.

 

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