Adenízia revela por que voltou atrás sobre saída do Scandicci

A central Adenízia explicou, em resposta aos internautas, nas redes sociais, neste domingo, o motivo de ela ter mudado de ideia e deixado o Savino Del Bene Scandicci na última sexta-feira. Poucos dias antes, ela havia postado um vídeo em seu perfil no Instagram, dizendo justamente o contrário. Ela foi oficialmente anunciada pelo Sesi/Bauru, hoje.

No dia 9 de janeiro, o Dal 15 a 25, blog do jornalista italiano Gian Lucca Pasin, do Gazzeta Dello Sport, escreveu que a central brasileira deixaria o Scandicci. Adenízia, então, gravou o vídeo no dia seguinte, desmentindo a informação, e garantindo que iria cumprir seu contrato até o fim da temporada.

Dias depois, no entanto, voltou atrás e anunciou sua saída do clube, confirmando a informação inicial.

Estrangeiras

“Realmente, eu não viria (ao Brasil)”, escreveu a jogadora em resposta a uma internauta. “Decidi na sexta (dia 17) que queria voltar para o Brasil, meu time está na Itália com limite de estrangeira e não era bom para mim. Como eu tinha um acordo com o técnico de que iria jogar o segundo turno e ele foi demitido, o novo técnico não meu usou. Aí decidi voltar para ter mais chances com a Seleção. Vou ter de fazer outro vídeo para esclarecer hahahaha”, postou a meio-de rede brasileira, que participou da campanha dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, com a Seleção.

Mudanças do time

O técnico Marco Mencarelli foi demitido no dia 10 deste mês. Em seu lugar, Scandicci contratou Luca Cristofani, ex-Caserta. Na última quinta-feira (15), o clube anunciou a contratação de mais uma estrangeira, a canadense Alexa Lea Gray.

E esse pode ter sido o estopim para que ela decidisse deixar a Itália. Pelo regulamento da Liga, cada time só pode ter, no máximo, quatro estrangeiras em quadra ao mesmo tempo.

Com a holandesa Lonneke Soetjes e a polonesa Magdalena Stysiak brigando pela posição de oposto; a canadense Alexia Gray chegando com moral junto ao treinador, e Elena Pietrin tendo na cola a mexicana Samantha Brício na outra ponta, pode ser que haja apenas uma vaga para estrangeira no meio-de-rede. E, atualmente, a concorrência com a polonesa Agnieska Kakolewska seria dura. Em ano olímpico, tudo que Adenízia mais quer é jogar, para tentar garantir seu lugar na Seleção Brasileira que vai a Tóquio.

Disputa de posição

Adenízia ainda não jogou no Italiano. Em maio do ano passado, ela passou por uma artroscopia no ombro direito, pediu dispensa da Seleção e só retornou aos treinos com bola no início de dezembro. Nesta temporada, ela disputaria a posição com a italiana Marina Lubian, uma das promessas do país e com duas estrangeiras: Kakolewska e a sérvia Jovana Stevanovic.

“Era verdadeiro, o vídeo. Essa minha decisão (de deixar a Itália), foi tomada ontem (quinta-feira), às 19h da noite, com o meu presidente”, escreveu a jogadora, ainda explicando o ocorrido.

“Porque você desmentiu os rumores, sendo que era fato?”, perguntou outra internauta.

“Porque não era um fato, eu não iria sair do time, mas depois do jogo de quarta, eu decidi voltar para ter mais oportunidades de jogo, já que meu time aqui (Scandicci) está acima do limite de estrangeira”.