Alison e Álvaro Filho partem hoje a caminho do Japão. A dupla já está em São Paulo, após deixarem Vitória (ES), e embarca na noite deste domingo, do Aeroporto de Guarulhos, para uma longa viagem até Tóquio para a disputa dos Jogos Olímpicos.
Cabeças de chave do Grupo D do torneio de vôlei de praia que será disputado no Shiokaze Park Stadium, no Parque Shiokaze, os brasileiros vão enfrentar Brouwer/Meeuwsen (Holanda), Lucena/Dalhausser (EUA) e Azad/Capogrosso (Argentina) na primeira fase da competição que começa no dia 24 – ainda não foi divulgada a tabela com datas dos confrontos. Ansiosos, sim, afinal o adiamento das Olimpíadas fez com que a expectativa só aumentasse para a disputa dos Jogos. Experiente e com duas medalhas nas costas (ouro no Rio-2016 e prata em Londres-2012), Alison fala em ‘frio na barriga’. O mesmo frio que sente o estreante Álvaro Filho.
– Estou muito feliz em poder representar o meu país. Claro que tem aquele friozinho na barriga, aquela vontade de querer chegar logo no Japão, de poder respirar os ares olímpicos, um sonho de uma vida que está perto de virar realidade – afirmou Alvinho.
– Se não tiver ‘frio na barriga’ tem alguma coisa errada. Essa adrenalina é importante, é uma sensação boa, de agora estarmos bem perto de um primeiro objetivo que era poder defender o Brasil nas Olimpíadas. Chegou a hora e vamos levar muita coisa na bagagem com a gente além do nosso material: o apoio, o carinho e a confiança das nossas famílias, dos nossos amigos e do povo brasileiro – disse o Mamute.
A preparação, sob o comando de Leandro ‘Brachola’ Andreão, técnico campeão olímpico em 2016, foi a melhor possível, dentro dos limites impostos pela pandemia. Mas não há lamento. O foco está em fazer um bom campeonato, a cabeça já está em Tóquio e Alison e Álvaro Filho sabem bem o que espera pela dupla na caminhada rumo ao pódio na Ásia. Eles optaram, por exemplo, pela ausência na etapa de Gstaad do Circuito Mundial, encerrada neste fim de semana.
– Olimpíadas é um campeonato diferente, tudo é diferente, o ambiente, a pressão, é um torneio de tiro curto onde você não pode errar. E essas Olimpíadas serão ainda mais diferentes, tudo vai ser novo para todo mundo nesse momento que vivemos. Serão Jogos únicos, inesquecíveis e muitas duplas, muitos países chegam fortes e candidatos à briga por medalhas. Não tem time fraco, não tem jogo fácil, para jogar Olimpíadas você precisa estar preparado para tudo. O equilíbrio é enorme – frisou Alison.
– Temos que pensar jogo a jogo, encarar todas as partidas como se fossem finais. Porque é esse o espírito. Fizemos uma ótima preparação, estamos chegando bem fisicamente, tecnicamente, tudo que podíamos fazer nós fizemos e estamos bem confiantes em fazer um bom torneio – completou Álvaro.