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Alison fala sobre encontros olímpicos, Tóquio-2021 e carreira

Em live com o Web Vôlei, Alison Mamute analisa a atual situação do vôlei de praia do país: "Infelizmente o mundo engoliu o vôlei de praia do Brasil"
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Em live no Instagram da Red Bull Brasil – um dos seus patrocinadores -, com a participação do jornalista Daniel Bortoletto, editor do Web Vôlei, o jogador Alison “Mamute”, 34 anos, 2,03m de altura –  campeão olímpico do vôlei de praia nos Jogos do Rio-2016 e vice-campeão olímpico em Londres-2012 -, bateu um papo descontraído, com histórias sobre olimpíada, futuro, início da carreira, vitórias, derrotas, a dor da perda do pai no final de 2018, contou como surgiu o apelido, e confessou que ainda não conseguiu assistir à final dos Jogos de 2012. Entre risadas e mensagens de otimismo que demonstram uma mentalidade vencedora, Alison lançou um alerta preocupante: assim como na quadra, a base do Brasil na praia vai mal.

O país já não consegue mais sediar grandes eventos na areia, a Arena de Copacabana, a mais famosa do mundo ou o “Maracanã do vôlei de praia”, como o próprio Alison define, não sedia uma competição no local desde a final olímpica de 2016, na qual ele levou o ouro ao lado do ex-parceiro Bruno Schmidt.

O país vê a Europa crescer no esporte, mesmo em locais onde parece ser impossível jogar vôlei de praia, como Alemanha, Rússia e Noruega.

– É uma pena, mas o mundo engoliu o Brasil no vôlei de praia – lamentou o Mamute, que é bicampeão mundial – em 2011, ao lado de Emanuel e em 2015 ao lado de Bruno Schmidt.

Ao lado do atual companheiro de time, Álvaro Filho, Alison está garantido em Tóquio-2021, assim como Evandro e Bruno.

Confira, abaixo, os principais trechos da live:

Rotina na quarentena

Está sendo bem diferente. Estou acostumado,  na minha carreira e no esporte que eu faço, a estar em contato com a natureza, com a dureza, treinar na areia, na praia… Minha rotina hoje é: eu acordo cedo, continuo fazendo minha alimentação através de uma nutricionista, mas é uma situação muito delicada. Eu tenho de dividir meu dia. Acabo malhando de manhã, mais ou menos no horário do meu antigo treino, para manter o corpo ativo. Se eu me acostumar a acordar tarde, depois para voltar vai ser pior. Acabo a academia, tomo meu banho e fico fazendo coisas pessoais, em casa, mas é complicado, porque eu não peguei na bola… Não tenho contato com a bola há oito semanas. Nunca podia imaginar uma situação dessas agora.

Melhor Olimpíada de todas

No momento, tento pensar positivo, manter a cabeça boa, e acreditar que isso vai passar e que vai dar tudo certo. No final do dia, faço um alongamento, faço alguma coisa voltada para a fisioterapia. Eu trabalho com uma psicóloga, nos falamos uma vez por semana para fazer alguns exercícios para não perder o foco. Estou tentando ler o máximo e me alimentar de notícias positivas, evitar notícias ruins, que me deixam pra baixo. Acho que apesar de tudo o que estamos vivendo o mundo vai voltar melhor, os Jogos Olímpicos vão ser realizados, na minha opinião vão ser os maiores Jogos da história… A Olimpíada é a união dos povos, então o mundo vai abraçar esses Jogos de uma maneira diferente. Vai ser a realização de “nós vencemos essa batalha”.

Preparação para Tóquio-2021

Acho que vai mudar muita coisa. Um dos objetivos da minha equipe – minha equipe hoje tem 14, 15 pessoas, no meio dessa loucura, desse isolamento, foi tentar perder o menos possível. Então é reunião com nutricionista, reunião com fisiologista, reunião com comissão técnica… Hoje eu sou um atleta de 34 anos… ano que vem vou jogar com 35. Um ano faz muita diferença. As duplas que eram favoritas esse ano vão ter de fazer diferente para continuarem sendo favoritas. Um garoto de um time que às vezes não tinha experiência, em um ano, no alto rendimento, muda muito. Então, acredito que alguns times favoritos podem não ter cabeça, não ter maturidade para se manter no auge nesse um ano que resta até a Olimpíada do ano que vem.

Sucesso no exterior

Hoje o voleibol de praia na Olimpíada é um dos segundo ou terceiro esporte que mais vende ingresso. É um dos esportes mais procurados. E o mundo percebeu, soube reinventar o voleibol lá fora, no circuito mundial. Porque é um esporte, entre aspas, barato. Você precisa de uma caixa de areia, uma rede, uma marcação e uma bola. hoje os maiores eventos são realizados na Europa. Eles aprenderam a valorizar os eventos. E o Brasil deixou de fazer. Só para as pessoas terem noção, nós não temos uma etapa em Copacabana, que é o Maracanã do vôlei de praia do Brasil, desde a final olímpica. Isso não ode acontecer.

Destaques do Circuito Mundial

Os noruegueses hoje são os líderes do circuito mundial. Dois garotos novos, dois garotos que têm um potencial enorme. São alto nível. Eles vêm de uma escola da Noruega que está formando 80, 90, 100 garotos. Isso é dupla pra caramba no futuro. Você vê a Alemanha, que foi campeã olímpica em 2012, investindo em 100 quadras cobertas no país. Isso é investimento para 10, 15 anos. A Rússia, atual campeã mundial, e você fala, Rússia, campeã mundial de vôlei de praia? Exatamente. E Brasil e Estados Unidos… Temos matéria-prima e técnicos. Mas estamos perdendo muta oportunidade de crescer em infraestrutura, segurar torneios grandes, trazer parceiros. E aí a gente tem pouca revelação, pouca renovação, ficando dependendo de ajudas de atletas que não sabem como começar. Estamos perdendo as referências. Quando eu comecei a jogar vôlei de praia, eu tinha Ricardo e Emanuel na minha frente, tinha medalhistas, eu tinha Franco e Roberto Lopes, e hoje, você vê Alison e Álvaro, você vê o Evandro e o Bruno e não tem mais… É uma pena, mas o mundo hoje engoliu o Brasil no vôlei de praia.

Cultura esportiva

Às vezes nem cai a ficha de que sou campeão olímpico. De vez em quando, sou entrevistado eu lembro que sou campeão olímpico (risos), numa live como essa (risos). Eu penso que a gente vem na vida para evoluir, para fazer o bem. E se eu tive o presente de ser campeão olímpico, não posso ser egoísta de deixar isso só pra mim. Hoje tenho um projeto social que atende mais de 100 crianças. Não penso nem em formar atletas, e sim em formar seres humanos. De mostrar para eles que é possível. Eu saí do interior do Espírito Santo, consegui duas medalhas olímpicas, eu fiz duas finais olímpicas, então esse é o meu pensamento. Ser campeão olímpico é a realização de um sonho, mas é gratificante porque mostrar que você pode conquistar os seus sonhos mesmo sem ser atleta.

Assistiu às finais olímpicas?

Já assisti à final do ouro umas 10 vezes, fiquei nervoso as 10 vezes, mas eu nunca tiver coragem de assistir a final olímpica de Londres. Já assisti todos os jogos de Londres até o final, todos do Rio, mas de Londres eu nunca assisti.

Final de Londres

Sinto mal, não vou negar. Aquele time (com Emanuel) merecia muito a medalha de ouro. No sentido de que trabalhamos muito, eu aprendi demais, eles me passaram tudo que podiam me passar, Letícia (técnica) tem três medalhas de prata, o Emanuel tem três (Ouro em Atenas-2004, bronze em Pequim-2008 e prata em Londres-2012) e eu era muito novo, estava na minha primeira Olimpíada, e já fui para afinal. Eu assistia aquele cara da arquibancada (Emanuel) e depois eu estava numa final olímpica com ele. Queria muito aquilo para mim, mas principalmente com ele. Mas, tudo na vida tem um porquê. E tudo o que eu não conseguiu com ele, consegui, mais experiente, com o Bruno (Schmidt), quatro anos depois. Eu me lembro do abraço que ele (Emanuel) me deu depois do jogo, com a medalha. Eu queria muito o ouro com o Emanuel, mas acontece. Faz parte do esporte.

Principais duplas do mundo

Mol e Sorum, da Noruega (Anders Mol e Christian Sorum), o time da Rússia, Viacheslav Krasilnikov e Oleg Stoyanovskiy,; Itália, Holanda têm dois times fortes; o Brasil dois times, EUA dois times, a Letônia tem um time muito forte, Alemanha, ou seja, temos pelo menos 12 times muito fortes. Hoje, você vai para o Circuito Mundial e não sabe quem vai ganhar. Não mesmo.

Final do Rio-2016

Era um cenário totalmente diferente do que a gente imagina que é o vôlei de praia, de sol, calor. Era meia noite e meia, estava frio, caindo um toró, todo mundo molhado, aquele clima de final olímpica, esperando aquilo há muito tempo, meus familiares ali presentes, todos eles.. eu queria muito botar aquela medalha no meu peito dentro de casa. Quando eu subo no pódio com a medalha eu aponto para eles (Ricardo e Emanuel), tipo, cara, obrigado por tudo que eu aprendi com vocês, por tudo que vocês foram de referência. E o mais legal é que faço parte desse grupo também.

Clima antes do Rio-2016

O Brasil vivia um momento muito crítico. Problemas políticos, impeachment, crise financeira, muita gente desempregada…  As matéria que saíam sobre os Jogos Olímpicos não eram positivas, eram sobre desvio de verba, e o povo estava bem inflamado, sensível. A gente adotou a tática de chegar ao Rio de Janeiro bem em cima do início dos Jogos. Alguns times chegaram uma semana antes e a gente chegou dois, três dias antes, para ficar o mais longe possível dessa adrenalina.

Início da campanha

A gente tentou se manter muito forte mentalmente. A gente ganhou o primeiro jogo do Canadá apertado, foi 2 a 0, mas parciais apertadas, e eu lembro que as perguntas eram de que a vitória foi apertada, “poxa, vocês são a dupla número 1 do mundo, e ganhando do Canadá apertado” (risos). No segundo jogo, a gente perdeu para a Áustria e no terceiro, a gente tinha a obrigação de ganhar da Itália para classificar. E aí no primeiro set eu fui bloquear e tive uma torção no tornozelo. Assustou muito, porque eu perdi a força na hora, mas eu falei, cara, cheguei no ouvido do médico e falei: “Não sei. Coloca um spray e vou voltar”. Eu voltei pra quadra, tentei não pensar na lesão, pensar positivo, eu mudei o meu jogo, comecei a largar mais e os caras continuaram a sacar em mim. Depois do jogo, fui direto para a Vila, para a máquina de ressonância, o mundo inteiro querendo saber o que estava acontecendo e nós conseguimos blindar a situação, no sentido de que fui dormir às 2h30 da manhã, acordei às 7h, era nosso dia de folga e eu passei o dia fazendo tratamento. Fomos treinar à meia-noite, não tinha quase ninguém na arena, só os voluntários, e fiz um teste de pisar na areia e a dor não tinha passado muito. Isso me deixou assustado. Mas, o fisioterapeuta falou: “Ainda tem 24 horas, calma, vamos esperar o remédio fazer mais efeito”. E, a partir dali, eles (os adversários) sacaram em mim em todos os jogos. Foram tentando me minar e eu fui conseguindo passar por cada obstáculo. Na final, eu não sentia mais dor.

Vila Olímpica de 2012 e 2016

Vila Olímpica é muito legal. Porque você chega lá e só vê os caras que você vê na internet, que você assiste na televisão. Eu fiquei encantado. Em 2012, eu me lembro que no terceiro dia eu fui tomar café, peguei minha bandeja, fui botar meu bolo, meus ovos e tinha um cara do meu lado de capuz, eu dei “bom dia” e era o Michael Phelps do meu lado (risos). Fui para a mesa tremendo e o Emanuel perguntou o que tinha acontecido. E eu: “cara, o Michael Phelps falou comigo” (risos). Teve também um momento marcante na Cerimônia de Abertura. A gente estava com a galera do basquete, com o Varejão, o Splitter, e aí passou o LeBron James, que jogava com o Anderson, cumprimentou ele e eu fiquei igual uma criança (risos). Era o cara. Ali começa a cair a ficha de que você está entre os melhores do mundo. Já no Rio de Janeiro, algumas pessoas pediram pra tirar foto comigo, me reconheceram na Vila, mas o mais legal aconteceu num dia que a gente foi malhar, e o Djokovic estava bem perto de mim na academia e eu fui lá pedi para tirar uma foto com ele e ele falou “claro”. E eu falei que jogava vôlei de praia e ele disse “eu sei quem você é”. Eu fiquei, pô.. (risos). Aí chamei meu time todo para tirar foto com ele, um cara de uma simplicidade tremenda.

Documentário do Michael Jordan “The last dance”

Vou ser sincero. Já recebi mais de 20 indicações para ver o documentário, já li várias reportagens. Só que estou guardando ele para o momento certo. Porque sei que tem várias coisas ali que vão me motivar e eu vou, nas devidas proporções, usar em cima do que eu já passei na minha carreira. Eu acho que se eu assistir aqui de casa acho que vou sair daqui correndo para a praia (risos). Porque eu vou me motivar de uma maneira, que ninguém vai me segurar. Eu era muito criança, mas ele (Michael Jordan), pra mim, ao lado do Ayrton Senna, foram os ídolos mais tops da minha geração.

Queria jogar futebol

Eu sou do interior e eu brincava muito na rua. Hoje em dias as crianças não brigam mais na rua. E eu não era muito grande de criança não. Quando a gente veio morar na capital, fomos morar num apartamento muito pequeno. E eu quebrava tudo dentro de casa (risos). Minha mãe falou que iria me matricular no futebol, porque ela não aguentava mais (risos). Mas, chegando lá, só tinha vaga no vôlei. Ela me matriculou assim mesmo, mas eu não queria ir. Fiquei uma semana sem falar com ela, até que um dia eu cedi e perguntei que horas era o vôlei (risos). Aí eu fui e me encantei. O esporte me abraçou de uma maneira… E eu não larguei mais. Devo isso à minha mãe. Mas, eu amo futebol, acompanho, não discuto futebol, mas sou flamenguista, sou um sofredor também (risos).

Ricardo e Álvaro

Ricardo foi o cara que ligou o Alison ao Álvaro.. Um grande amigo fora de quadra também, da forma que ele trata esse esporte, a idade que ele joga em alto nível. O Alvinho acreditou no projeto comigo… É uma galera muito bacana, que eu gosto muito. A palavra para isso é hombridade… Por isso que eu falo: ser campeão olímpico não é só jogar vôlei. São as atitudes. Esse cara (Ricardo) não tem três medalhas olímpicas a toa (prata em Sydney-2000, ouro em Atenas-2004 e bronze em Pequim-2008). Não é o Ricardo ser humano e atleta maravilhoso a toa… Eu ganhei muito mais só que um parceiro do ser humano maravilhoso que é o Álvaro. Eu ganhei uma lição de vida que eu levo pra frente. Porque você tem um time – distante o perto -, mas tem um objetivo, e você vê o seu parceiro tendo uma chance melhor, de rodar mais o circuito, com um cara mais novo, que vai dar para ele também coisas boas, o que eu posso falar: só obrigado e usar isso como exemplo. É um exemplo pra mim.

Perda do pai, Abílio Cerutti, em outubro de 2018

Perder alguém da família nunca é fácil. Eu, às vezes, converso com a minha esposa, eu sou um cara de muita fé. Ele tinha de me ver campeão olímpico. Foi o cara que, quando eu fui jogar voleibol, ele me apoiou pra caramba, independentemente do que eu fizesse. Ele falava, “se você for vender pipoca, venda a melhor pipoca que você puder”.

Apelido de “Mamute”

Quem colocou foi o Billy, um amigaço meu aqui de Vitória. Eu sou um cara muito grande, forte, e jogava vôlei de quadra. Hoje em dia os caras já são formados direto na praia, mas antigamente tinha a transição. Com 16, 17 anos eu recebi o convite do meu técnico de ir para a praia. Todo mundo aqui já teve a oportunidade de tentar correr na praia e ver como é difícil. Paralelamente a isso, surgiu o filme A Era do Gelo. Quando a bola caía para o lado, eu demorava uns dois minutos para me movimentar na areia. Tinha um delay (risos). Parecia que eu estava derrapando e aí meu amigo gritou e falou que eu parecia um mamute, de tão lento. Aí, cara, treinávamos em oito atletas, só moleque novo, bicho, o apelido pegou. Sabe que apelido é assim, né… No outro dia, foi “bom dia mamute, boa tarde mamute” (risos).

Tatuagem do mamute

Fiz em 2010, retoquei no ano passado, eu tinha 25 anos, a sessão durou 7 horas e não doeu quase anos. Quase 10 anos depois, a sessão para retocar durou quatro horas se doeu pra caramba (risos). Acho que a gente vai ficando mais velho e vai ficando mais sensível. Mas tenho um carinho enorme por essa tatuagem. Tenho a do mamute na costela, um pulso que são as iniciais da minha família, meu pai, mãe, irmã, idade do nascimento, das medalhas olímpicas e uma frase do Charlie Brown Junior, o Chorão, que marcou muito a minha vida, a minha carreira que é a frase “Dias de luta, dias de glória”. Tem muito a ver com o que estamos vivendo agora. Temos de passar por esses dias de luta para termos dias de glória. Eu acredito que o mundo vai ser melhor depois do coronavírus. Acredito que a gente pode ser melhor depois de tudo isso.

Música

Sou muito eclético: gosto de música clássica, de jazz de blues, de sertanejo.. Eu gosto de rock e música eletrônica antes do jogo, tenho um amigo DJ, eu faço playlist no Spotify, coloco músicas que me animam e me ajudam a focar no meu jogo.

Pós-carreira

Eu tinha um objetivo grande que era o ouro e agora está maior ainda, ao lado do Álvaro. Mas, eu consegui um projeto muito importante na minha vida que foi implementar o meu projeto social em 2016, eu dou palestras, fiz curso de palestrante. Acho que eu tenho muito a passar para o voleibol.

Ser treinador
Não me vejo como treinador, mas, “nunca diga nunca”… Torcer é muito ruim, é muito sofrimento. E ser técnico é pior do que torcer.. é o seu “produto” que está ali, seu treinamento.. Eu fico chateado quando vejo se o técnico não protege o grupo ou o atleta. Eu acredito muito em exemplo, em trocar experiencia, eu aprendi muito com o meu atual técnico. A maior qualidade dele não é só ser um campeão olímpico. Ele sempre me falava que, independentemente da vitória e da derrota, a vida vai continuar, nós somos seres humanos.

Projeto social

Sempre tive vontade de ter um projeto social, porque o Emanuel tem um muito legal. Depois de 2012 eu voltei a morar em Vitória e abrimos um com o Bruno… Mas foi mesmo em 2016 que a gente conseguiu dar sequência. Um projeto que tem crianças de até 16 anos, leva o voleibol para elas, elas precisam ter boas notas. Meu objetivo não é formar atleta. Se sair algum atleta vou ficar muito feliz, claro, mas quero formar cidadãos. O esporte ensina a perder, ganhar, dividir… os valores são maravilhosos. Existe momento para tudo, tem de saber porque você perdeu, o que falou, porque seu adversário foi melhor, como dividir o espaço com o seu parceiro. No futuro quero da mais foco para isso, poder aumentar o número de crianças e adolescentes, aumentar o número de núcleos. Uma frase que eu levou comigo é acreditar sempre nos sonhos.

 

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