Para a ponteira Ana Cristina, a estreia da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 veio acompanhada de uma sensação inédita. Vice-campeã em Tóquio, ela conheceu uma atmosfera muito diferente daquela que presenciou há três anos, quando a pandemia resultou na ausência de público.
Desta vez, a jovem de 20 anosa sentiu a energia do público e, apesar do nervosismo natural da primeira partida, ajudou a equipe de José Roberto Guimarães a sair vitoriosa diante do Quênia, por 3 a 0, pelo Grupo B.
– É muito gratificante. Sempre tem nervosismo, mas foi uma estreia em que a gente conseguiu se superar, impor o nosso ritmo de jogo e jogar tranquilas, como um time. Deu para sentir um pouco como é uma Olimpíada. A torcida ajudou muito por ter lotado o ginásio. Foi muito gostoso de ver e participar. Foi um dos jogos que eu mais joguei sorrindo, joguei feliz. É assim que tem de ser. Ter prazer no que a gente faz – disse Ana Cristina.
Em quadra, a ponteira foi responsável por seis pontos, sendo cinco de ataque e um de bloqueio, em uma partida em que o Brasil teve como marca a distribuição parelha e não foi ameaçada em nenhum momento pelo adversário. Ela sabe que a caminhada reserva desafios maiores, contra Japão e Polônia, e mantém o foco em dar orgulho à torcida brasileira.
– A gente sabe quanto o vôlei é grande no Brasil. Esse esporte é gigante e a gente tem de desfrutar. A torcida ajuda muito a gente sabe como o povo brasileiro é acalorado e sente esse carinho, esse amor, que muitas vezes a gente não percebe, porque joga fora, sem torcida. Mas por trás tem um país que a gente está representando e que tem muito orgulho da gente – afirmou Ana Cristina.
A ponteira também falou sobre como tem sido seu ritual de concentração antes de entrar em quadra e como isso contribui para performar melhor.
– Minha playlist é principalmente gospel. É o que me faz me conectar com o que realmente acredito. É muito importante para o jogo para eu entrar e dar o meu melhor.