Ana Cristina, aos 20 anos, tem demonstrado a maturidade de uma veterana nos Jogos de Paris. Nas entrevistas, a forma de enxergar o jogo, entender o ambiente e explicar com lucidez detalhes técnicos e táticos chama a atenção. Ao fim da partida desta terça-feira (6/8), ela demonstrava com o sorriso o sentimento vivido com a vaga conquistada para as semifinais dos Jogos de Paris.
– No final das contas, o resultado é o que conta, mas estou muito orgulhosa do que temos feito e de como temos feito. Olhamos uma para a outra nos olhos e sabemos o que queremos – comentou Ana Cristina. – Ganhar o ouro aqui é o sonho de cada um de nós, de nossas famílias e de todos ao nosso redor. Estamos fazendo tudo o que podemos para isso.
Diante das dominicanas, a ponteira colaborou com 14 pontos. Três deles foram no saque de um total de cinco do time brasileiro. O desempenho do Brasil em quadra deixou a jovem satisfeita.
– Sabemos da qualidade que a equipe da República Dominicana tem, mas nos unimos muito, temos muita confiança umas nas outras, temos dado nosso melhor a cada jogo, e esse tem sido o diferencial. É uma longa caminhada, e passo a passo estamos lutando para conquistar nosso objetivo. Agora é descansar, focar e já pensar no próximo adversário. Temos que continuar indo para cima, porque nosso objetivo é lá na frente – comentou a ponteira.
Antes de saber se as semifinais em Paris serão contra americanas ou polonesas, Ana Cristina repetiu o discurso da atual Seleção sobre rivais.
– As meninas costumam dizer que a gente está vindo a cada jogo com ódio, com o clima de revanche. E vai ser assim contra Estados Unidos, que ganhou da gente em Tóquio, ou da Polônia, que nos venceu na VNL. A gente quer ganhar, mas não é pelos Estados Unidos, por exemplo, é pela medalha.