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Após drama familiar, argentino González sonha com Olimpíada aos 39 anos

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O título da Libertadores, conquistado na semana passada pelo Bolívar, em Taubaté (SP), foi mais do que especial para o líbero Alexis González.

No dia 5 de novembro do ano passado, a esposa Marianela Robinet, ex-jogadora da seleção argentina, e os filhos Vicente (quase 2 anos) e Renato (7) se envolveram em um acidente automobilístico. Um colisão frontal violenta, que terminou na morte de uma pessoa que vinha no outro veículo. Marianela sofreu fraturas expostas em várias partes do corpo e teve um problema pulmonar sério. Foram 15 dias na UTI. Já as crianças, “por milagre, quatro dias depois, corriam em casa”, chegou a dizer Alexis aoVoley Plus, no fim de 2018.

Em entrevista ao Web Vôlei, o melhor líbero da Liberta 2018/2019 falou sobre o alívio com o estado de saúde da esposa atualmente e como o troféu conquistado em Taubaté teve um sabor diferente para ele.

– O título foi dedicado a eles. Três meses atrás minha família sofreu um forte acidente de trânsito. Graças a Deus todos estão bem hoje. Apenas minha esposa ainda está se recuperado – disse o líbero.

Aos 37 anos, Alexis González vive um dos melhores momentos da carreira. A ponto de projetar desafios a médio prazo, como disputar mais uma edição dos Jogos Olímpicos. Presente na Rio-2016, o líbero já se colocou à disposição de Marcelo Mendez para fazer parte do desafio de se classificar para Tóquio-2020.

O treinador do Sada/Cruzeiro, substituto de Julio Velasco, disputará o Pré-Olímpico em agosto contra Canadá, Finlândia e China. Em Taubaté, o líbero foi observado de perto por Horácio Dileo, comandante do Vôlei Renata e assistente de Mendez na seleção argentina.

Líbero é um dos pilares do Bolívar (Divulgação)

– Eu e Marcelo nos conhecemos há multíssimo tempo, desde o River Plate e o Son Amar (time espanhol). Sei que ele vai fazer um bom trabalho, porque para mim é o melhor. Eu vou estar com a seleção neste ano e meu objetivo é chegar na Olimpíada de Tóquio, em 2020 – comentou o líbero.

BATE-BOLA

Qual o significado histórico desta conquista do Bolívar em Taubaté?
É um dos títulos mais importantes do clube, pois neste torneio jogaram os melhores times da América do Sul, com todos os principais jogadores.

Chamou demais a atenção nas finais o volume de jogo da equipe. Sei que é uma característica do vôlei argentino. Mas foi um desempenho acima do esperado para vocês?
O vôlei argentino tem muito volume de jogo e menos força do que o brasileiro, mas neste ano pudemos combinar as duas coisas.

Comemoração do Bolívar (Divulgação)

Você é um daqueles líberos que compravam a tese do “vinho”: vão melhorando com o tempo. Qual o segredo?
Não existe segredo (risos). O único é ser profissional.

O Serginho Escadinha é uma das referências da posição e segue jogando aos 43 anos. Você o vê como exemplo? Faz planos para jogar até quando?
Sim. Sérgio é um dos melhores da história e sempre tomo como exemplos aqueles que fazem a diferença nesta idade. Eu não o acompanho ano a ano. Eu sinto paixão e adrenalina quando jogo vôlei. Se eu deixar de sentir isso, largo tudo.

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Tags: ArgentinaBolívar

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