A levantadora Alessia Orro, do Busto Arsizio e da seleção italiana, recebeu aliviada, nesta terça-feira, a notícia da prisão de Angelo Persico.
No ano passado, ele começou a fazer ameaças à jogadora de 20 anos em redes sociais. Nos últimos meses, Persico passou a persegui-la em treinos e jogos.
Nas primeiras mensagens via Instagram e Facebook, Persico dizia ser “louco” por ela e queria beijá-la. Bloqueado, ele passou a criar vários perfis falsos nas redes sociais. E todos eles apenas fotos e vídeos de Orro.
Em julho, quando Alessia Orro estava com a seleção italiana, ele se hospedou no mesmo hotel. Ao encontrar com a levantadora, sugeriu que ela fosse ao quarto dele. Em outra situação, apareceu bêbado e com flores para entregar para a atleta. Persico também passou a fazer contato com a mãe e com a irmã de Alessia, exigindo falar com a atleta por telefone.
No início de setembro, em um evento de patrocinadores com a possibilidade de interação com atletas, Persico reapareceu com flores e foi contido por integrantes da comissão técnica. Levada ao vestiário com as companheiras de Busto Arsizio, a levantadora teve um ataque de pânico e na sequência revelou ser vítima da perseguição do psicopata.
Ela revelou que Persico chegou a viajar para Catania e para Ankara, na Turquia. Amanhã, Orro promete dar uma entrevista coletiva para relevar mais detalhes da perseguição doentia nos últimos meses.
Persico, 52 anos, já havia sido preso, em Novara, em 2017, após outro caso de assédio. A polícia também encontrou uma faca de caça de 40cm e outra dobrável em posse dele no momento da prisão desta semana.
Por intermédio de uma nota oficial, Mauro Fabris, presidente da Liga Italiana feminina, expressou apoio para a atleta.
“Todos nós, os clubes da Série A, estamos absolutamente perto de você e estamos ao seu lado para apoiá-la a qualquer momento”.
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