A insatisfação do Brasil ao fim da derrota para a Itália, neste domingo (26/5), no encerramento da primeira etapa da Liga das Nações, era clara. A arbitragem de Fabrice Collados, da França, errou no ponto que deixaria o tie-break empatados em 14 a 14. Ele apitou antes de o ponto terminar (Leal atacando sozinho na rede depois de a defesa italiana salvar o lance anterior) ao alegar que a bola teria caído durante o rally. A marcação permitiu que a Itália desafiasse o rally, com o vídeo comprovando que a bola não tinha tocado o chão. Assim, o ponto do Brasil precisou ser jogado novamente, com os italianos fechando em 15-13
Na zona mista do Maracanãzinho, a área de entrevistas dos atletas, os brasileiros revelaram que Collados assumiu o erro ainda em quadra.
– Ele admitiu que errou. Estava na cara dele, nem valia a pena brigar. Ele já estava triste, pois sabe que cometeu um erro grosseiro e custou o jogo. A gente poderia não ganhar o set, mas era o 14 a 14. Ele pediu desculpas e deu pra ver que ele sentiu o erro – contou o ponta Lucarelli ao Web Vôlei.
O também ponteiro Leal era um dos mais insatisfeitos em quadra com a marcação da arbitragem.
– Foi um erro claro. Ele erra e a gente paga. Isso que é foda. Era o 14 a 14 e o jogo estaria aberto, a gente não sabe o que iria acontecer. Eles tiveram uma chance depois, aproveitaram e nós estamos aqui tristes.
Segundo Thales, depois de Collados, o búlgaro Ivaylo Ivanov, segundo árbitro, foi outro a admitir a falha:
– Ele (Collados) errou. Eu o conheço da França. Ele falou: “sorry” (desculpa em inglês) ali na hora. O segundo árbitro também falou que o primeiro deveria ter esperado – disse o líbero, que jogou na liga francesa em 2022/2023.
Por fim, o levantador Fernando Cachopa falou sobre o gosto amargo de uma derrota assim:
– Sentimento de que a gente poderia ter ido um pouco mais e terminado diferente a partida. Mas assim como a gente erra a arbitragem também erra. Faz parte do jogo. Não podemos deixar toda a derrota nas costas da arbitragem, mas fica um gostinho ruim.
Por Daniel Bortoletto, no Rio de Janeiro