Menos de um dia e meio de vôlei nos Jogos Olímpicos de Paris e já foi possível perceber uma mudança na arbitragem: aumentou muito o rigor com as largadas.
Se até a Liga das Nações (VNL) parecia que o critério utilizado era o do “vale-tudo”, agora o outro extremo é aplicado nas partidas. Com o pedido da Federação Internacional (FIVB) para a arbitragem, a quantidade de marcações de condução aumentaram. Algo que havia acontecido na VNL com erros de rotação.
Neste domingo (28/7), a turca Nurper Ozbar deixou claro, logo no começo da partida entre Itália x República Dominicana, o grau de tolerância quase zero. A primeira árbitra marcou duas conduções nos lances iniciais, irritando o treinador Marcos Kwiek e as jogadoras caribenhas.
O grau de irritação aumentou no decorrer da partida, quando uma suposta irregularidade italiana não foi marcada. O time dominicano contestou demais o critério adotado pela turca. Kwiek, em diversos momentos, mostrou contrariedade com Ozbar.
Em entrevista ao Web Vôlei depois da partida, o treinador Julio Velasco, da Azzurra, comentou o tema e lamentou isso ter acontecido para Paris-24.
– Para mim o grande erro é fazer as mudanças às vésperas de uma Olimpíada ou de um Mundial. Não entro na discussão se é certo ou errado. Mas se fosse para mudar algo que fosse feito na VNL, assim todos chegariam na Olimpíada sabendo o que pode e o que não pode fazer. E digo ainda que até a arbitragem também precisa treinar. E agora vai gerar confusão pois do dia para noite as coisas mudaram por completo – disse o argentino.
Por Daniel Bortoletto, em Paris