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Argentinos falam sobre a experiência no vôlei brasileiro

Na temporada 2019/2020, dez argentinos estão na disputa da Superliga. Veja a opinião de alguns deles sobre a experiência no país vizinho
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Marcelo Mendez, Horacio Dileo, Facundo Conte, Lucas Ocampo, Nicolas Lazo, Demian Gonzalez, Jan Martinez, Matias Sanchez, German Johansen e Vicky Mayer. Dez argentinos movimentam o dia a dia da Superliga masculina e feminina 2019/2020 e trazem suas contribuições para a principal competição brasileira, numa troca de experiências enriquecedora para eles próprios e para o campeonato.

Com mais tempo de casa, o técnico Marcelo Mendez é o argentino mais brasileiro da Superliga. Há 11 anos no país, sendo 10 deles pelo Sada Cruzeiro, ele declara que sempre esteve atento ao voleibol do Brasil, o que facilitou a sua adaptação.

– Sempre gostei muito do vôlei brasileiro e acompanhei a Superliga, desde que era treinador do River, nos anos 90. Sempre que tinha a possibilidade de contratar jogadores estrangeiros, a minha primeira opção era por atletas da Superliga do Brasil. Quando se apresentou a possibilidade de trabalhar em Montes Claros, antes de chegar ao Sada Cruzeiro, não duvidei em aceitar a proposta de trabalhar em um país onde o povo gosta tanto de vôlei e é um dos principais esportes do país. A minha adaptação não foi tão complicada por ter acompanhado por tantos anos a Superliga e por ter trabalhado com muitos brasileiros – contou Mendez.

Compadre, amigo e assistente técnico de Marcelo Mendez na seleção da Argentina, Horácio Dileo, comandante do Vôlei Renata, se diz agradecido ao vôlei brasileiro por toda experiência vivida até agora.

– Eu sou muito agradecido ao voleibol brasileiro. Encontrei um lugar onde estou há oito anos e os três lugares onde trabalhei, Minas, Maringá e Campinas, sempre fui recebido com muito carinho, respeito e liberdade absoluta para fazer minha ideia de trabalho, de condução, e isso, para mim, é muito empolgante. Cresci no voleibol brasileiro como profissional, como pessoa e desejo estar mais anos trabalhando neste vôlei tão competitivo e com pessoas tão competentes – disse Dileo.

Atuando pela segunda vez no Brasil, o ponteiro Lucas Ocampo, do Fiat/Minas, esteve na Superliga 15/16, e optou por voltar neste momento, para a edição 19/20.

– Na verdade, eu sempre tive a vontade de voltar e o Minas me deu novamente essa possibilidade. Eu considero a Superliga brasileira uma das mais competitivas do mundo e é sempre muito bom estar jogando aqui – afirmou Ocampo.

Estreante na Superliga, o oposto Johansen, do América, já tinha informações sobre o voleibol brasileiro após ser dirigido pelo técnico Marcelo Mendez na seleção. A oportunidade de aprender conquistou o jogador.

– A Superliga tem um bom nível e uma forma de jogar muito particular. Como estrangeiro, estou aprendendo muito e aproveitando para tirar o máximo de proveito. Realmente me interessou jogar aqui porque e uma das melhores ligas de vôlei do mundo – afirmou Johansen.

Em sua primeira experiência no vôlei brasileiro, a única argentina na Superliga feminina, Vicky Mayer, levantadora do Flamengo, destacou o alto nível da competição.

Vicky Mayer, a camisa 6, defende o Flamengo (Marcelo Cortes/Divulgação)

– Escolhi a Superliga brasileira porque é uma liga profissional que dura seis meses, diferentemente da Argentina, que tem duração de apenas três, além de ter jogadoras de muita qualidade, o que faz com que eu dispute partidas com o nível mais alto rotineiramente – comentou Vicky.

Atualmente, quatro dos argentinos estão no país-natal para a disputa da Libertadores: Lazo e Ocampo pelo Minas e Martinez e Sanchez pelo Sesc.

Tags: ArgentinaSuperliga

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