Teresa Cavalcanti nunca escondeu sua paixão pela natureza. E ela fez dela combustível para a dobradinha que move seus dias: o vôlei de praia e a faculdade de Engenharia Ambiental. Nesta quinta-feira (18/8), a atleta e a parceira Talita Simonetti estreiam no torneio principal do Aberto da oitava etapa do Circuito Brasileiro, em Fortaleza (CE). A competição acontece na Praia de Iracema, com entrada gratuita. Nesta temporada, elas já conquistaram a prata na etapa de Vila Velha (ES).
Fortaleza é familiar para Teresa, que cresceu na cidade. Foi lá que descobriu a paixão pelo vôlei de praia.
– Sempre fui muito ligada ao esporte. Quando tinha 9 anos, entrei na escolinha de vôlei de quadra em Fortaleza. Cheguei a defender a seleção cearense – conta a jogadora, que aos 16 anos recebeu convite para jogar uma seletiva de vôlei de praia com Verena, sua primeira dupla. – Eu me apaixonei pelo vôlei de praia, por ser um jogo estratégico e pela responsabilidade de ter que desenvolver as habilidades em todos os fundamentos.
Talita foi sua parceira nas categorias de base, conquistando o Brasileiro sub-21 em 2017, e a dupla foi retomada este ano. A primeira competição foi a quinta etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, em Saquarema. Não passaram no qualifying, mas não desanimaram e o resultado veio já na etapa seguinte, com a prata em Vila Velha:
0 Foi a minha primeira final no adulto. Fico muito feliz de colher esses frutos.
Aos 25 anos, a jogadora divide o tempo de treinos e jogos com as aulas e trabalhos da faculdade. E busca formas de impactar menos o meio ambiente. Diminuiu o consumo de carne, frango e peixe. Trabalha a conscientização e a educação ambiental, dando dicas sobre como aderir ao consumo consciente e dar a destinação correta ao lixo.
– Na faculdade, trabalhamos muito a parte de saneamento: tratamento de água para consumo humano, tratamento de esgoto, drenagem urbana, projetos de infraestrutura para a drenagem da água da chuva, gestão de resíduos sólidos e reciclagem – explica Teresa, que faz parte de um projeto de extensão que elabora um plano de gestão de resíduos de uma cidade de Goiás. – A ideia é adequar uma cidade pequena, com cerca de 3 mil habitantes, para uma gestão adequada dos resíduos: coleta seletiva, reciclagem, aterro sanitário e compostagem.