A literatura esportiva nacional ganhará uma obra obrigatória para os fãs do vôlei, do esporte em geral e da profissionalização da gestão no país.
Será lançado no dia 23 de setembro, às 19h, na Livraria da Travessa, em Ipanema, no Rio de Janeiro, “Bebeto de Freitas: O que eu vivi”, o livro-homenagem sobre o treinador e dirigente.
Em vida, Bebeto viu o livro nascer. Além das entrevistas concedidas entre novembro e dezembro de 2017 ao jornalista Rafael Valesi – com quem começou a escrever o livro a quatro mãos -, ele ainda teve tempo para ler e aprovar alguns trechos iniciais. Após seu falecimento, com o projeto em andamento, decidiu-se por manter o estilo do texto, em primeira pessoa.
“Afinal, não havia melhor pessoa para contar a história de Bebeto de Freitas do que ele mesmo”, diz o texto de divulgação da obra.
Botafoguense de corpo e alma, comandante da renomada Geração de Prata que revolucionou o vôlei brasileiro na década de 80 e um legítimo lutador nas trincheiras do desporto brasileiro, Bebeto de Freitas faleceu de maneira repentina em março de 2018, aos 68 anos, fazendo o que mais gostava: trabalhando pelo esporte, como diretor do Clube Atlético Mineiro. No entanto, pouco antes de partir, Bebeto deixou um importante e precioso legado pessoal. Foram aproximadamente 20 horas de depoimentos gravados e inéditos.
A obra, de 256 páginas, tinha como propósito inicial retratar as memórias e as reflexões do ex-treinador. Porém, “Bebeto de Freitas: o que eu vivi” também tornou-se uma homenagem póstuma a um dos grandes nomes da história do esporte nacional e do voleibol mundial.
A vida pessoal e profissional foi muito além da prata em Los Angeles-84. Bebeto foi sobrinho de João Saldanha, primo de Heleno de Freitas, levantador do Botafogo e do Brasil em duas edições dos Jogos Olímpicos, campeão mundial pela Itália, membro do Hall da Fama do voleibol, presidente do seu clube do coração e diretor do Atlético
Bebeto de Freitas: o que eu vivi, porém, não é somente um livro de memórias, mas também de propostas. Uma das maiores preocupações de Bebeto era que a obra não fosse um mero passatempo, mas que também provocasse uma reflexão em seus leitores, especialmente sobre a maneira como o esporte é negligenciado por dirigentes e autoridades públicas no Brasil. Em uma de suas últimas análises sobre o desporto nacional, Bebeto apresenta eventuais soluções para que o país incorpore de vez o hábito de praticar atividades físicas. Apesar das inúmeras conquistas, Bebeto de Freitas gostava de ser reconhecido desta maneira, como um lutador pelo esporte, um Dom Quixote das quadras brasileiras.
O prefácio é do Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG e atual prefeito de Belo Horizonte. O livro ainda conta com um texto do Jorge Barros, o Jorjão.
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