A Bélgica não pode reclamar de chances nesta terça-feira (27/9). E talvez por isso a derrota para a Itália por 3 a 1, pelo Grupo A do Campeonato Mundial feminina, será muito difícil de ser digerida.
Vamos tentar explicar a surreal partida por parte:
– Depois de abrir 1 a 0, jogando com segurança, a Bélgica se viu em desvantagem de 24 a 19 no segundo set. Reagiu, empatou, virou e teve sets points. Em um deles, o time chegou a comemorar a marcação do ponto do que seria o 27-25. A bola, porém, não havia caído do lado italiano (muita gente contesta a ação de Chirichella na cobertura do bloqueio). A líbero De Gennaro foi esperta na sequência e marcou de toque o empate em 26-26. A partida, então, seguiu e a Azzurra fechou em 30-28. E olha que as belgas tiveram mais algumas chances depois da jogada bizarra para fechar.
– No terceiro set, a Bélgica sentiria o acontecido minutos antes? As jogadoras não sentiram e seguiram pressionando muito a linha de passe italiana. Voltaram a controlar as ações e chegaram a abrir os mesmos 24 a 19 que a adversária teve na parcial anterior. E, quis o destino, que a virada desta vez acontecesse. As belgas não conseguiram aproveitar os sets points, permitiram a reação italiana e foram derrotadas por 29-27. A TV mostra Herbots tendo um papo longo com o time antes da virada de quadra. Parecia pressentir o que viria pela frente.
– O jogo que poderia ter terminado em 3 a 0 para a Bélgica foi para o quarto set. E aí não teve mais milagre de Herbots, Van Gestel & Cia. A Itália trucidou as abatidas belgas por incríveis 25 a 9, mostrando como a adversária sentiu a quantidade de chances desperdiçadas anteriormente.
Egonu foi a maior pontuadora do jogo, com 31 acertos: 27 no ataque (48% de aproveitamento) e quatro no bloqueio. Herbots veio na sequência com 28, também com 27 no ataque (33% de eficiência) e um no saque.
Para a Itália, o segundo alerta seguido. Contra Porto Rico, o time sofreu mas venceu em três sets. Hoje, praticamente ressuscitou para manter a invencibilidade. Se quiser ser campeã mundial, a Azzurra precisará jogar bem mais do que mostrou até aqui.
