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Bergmann sobre ser caçada pelo saque na Turquia: “Não sabia que seriam tantos”

Julia Bergmann revela que o maior aprendizado na Turquia foi ter conseguido lidar com a pressão de ser caçada no saque pelas adversárias
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A ponteira Julia Bergmann tem 23 anos, mas a temporada de clubes 2023/24 foi apenas a sua primeira no vôlei profissional. Até então, a jogadora tinha atuado somente na NCAA, a liga universitária dos Estados Unidos, na Universidade de Georgia Tech, pela qual se formou em Física em maio do ano passado. Ela foi titular e um dos destaques da boa campanha do THY, time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães na Liga Turca, que chegou à semifinal da competição, atrás apenas dos grandes Fenerbahce, Eczacibasi e Vakifbank.

Em entrevista ao Web Vôlei, durante a semana de jogos da VNL no Rio de Janeiro, ela admitiu ter ficado surpresa com a quantidade de recepções que precisou fazer pelo THY no Campeonato Turco. Foram 844 ações, muito mais do que qualquer outra atleta no top 50 do fundamento. Com 44% de positividade, ela ficou em 37º lugar. Como comparação, Gabi, primeira colocada, com 56%, recepcionou “apenas” 442 vezes.

– Foi uma temporada de muita evolução, minha primeira temporada no vôlei profissional. Muita coisa diferente. O nível de jogo na Turquia é bem alto, joguei contra as melhores jogadoras do mundo, óbvio que houve altos e baixos, mas acho que aprendi muita coisa. Eu sabia que iria receber muito saque, minha função no fundo de quadra é essa, mas não sabia que seriam tantos (risos). Eu gosto de passar, então foi um ano de muito aprendizado – disse Julia Bergmann, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, onde o Brasil disputa até domingo (19/5), a primeira fase da VNL.

A ponteira, que segue no clube turco por mais uma temporada, conta que o apoio de Zé Roberto nesta sua primeira experiência profissional. Ela admitiu que a presença do treinador foi um diferencial para o acerto com o THY.

– Tive confiança nele desde o começo. Mesmo antes de fechar com o clube, eu conversei com o Zé. Durante o processo ele estava lá, insistindo, mesmo gritando comigo, mas sabia que era para o meu bem. Tentei aprender tudo o que podia – contou.

Julia Bergmann ainda revela qual foi o maior aprendizado desta temporada atuando no voleibol turco.

– O maior aprendizado foi assumir responsabilidade, pois é muito difícil conseguir fazer consistentemente essa função (passar). Evoluí nesta temporada – completou a jogadora.

O Brasil enfrenta os Estados Unidos nesta sexta-feira, às 21h, no Maracanãzinho, pela terceira rodada da fase classificatória da VNL. A Seleção vem de vitórias sobre o Canadá, na estreia, por 3 a 1, e sobre a Coreia do Sul, por 3 a 0. O confronto contra as americanas será transmitido pelo Sportv2, pelo canal do Web Vôlei no YouTube (sem imagens) e pela Volleyball World. A equipe verde-amarela encerra a sua participação nesta primeira semana da Liga das Nações contra a Sérvia, domingo, às 10h.

Por Daniel Bortoletto, no Rio de Janeiro

Tags: BrasilJúlia BergmannVNL

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