Sete anos depois do título olímpico com a Seleção masculina, Bernardinho está de volta. O treinador aceitou assumir um cargo na coordenação das equipes masculinas, em todas as categorias, na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
Coincidentemente, a “estreia” será durante o Pré-Olímpico no mesmo Maracanãzinho, palco da despedida de Bernardinho com o ouro na Rio-2016. Apesar de ainda não ser oficial, a mudança já foi debatida nesta semana, no Centro de Treinamento de Saquarema, na volta da Seleção às atividades depois do Campeonato Sul-Americano, inclusive já com a presença do comandante da equipe feminina do Sesc RJ Flamengo.
A movimentação nos bastidores acabou intensificada após a derrota inédita do Brasil numa final de Sula, no Recife, para a Argentina. O projeto de ter um coordenador já fazia parte dos planos da entidade. Mais do que o revés em quadra no clássico continental, o cenário a médio e longo prazo mostrou para a CBV que algo precisava ser feito o quanto antes, já pensando nos ciclos olímpicos de 2028 e 2032.
Nas redes sociais, cresceu o movimento pela demissão de Renan Dal Zotto. Mas a entidade resolveu bancá-lo. Marcos Miranda foi oficializado como novo assistente, assumindo o lugar de Carlos Schwanke, que pediu dispensa do Sul-Americano e depois acabou dispensado do Pré-Olímpico. Naquele momento estava claro que não haveria mudança na posição de Renan.
Integrantes da Geração de Prata, Bernardinho e Renan trabalharam juntos no ciclo olímpico de 2016, como técnico e diretor de seleções, respectivamente. A situação agora se inverte, mas com o cargo de gestão não acumulando masculino e feminino como era sete anos atrás.
O trabalho de Bernardinho incluirá a integração de todo o departamento masculino, com as Seleções sub-17, sub-19 e sub-21, comandadas atualmente por Marcelo Zenni, Luiz Carlos Kadylac e Guilherme Novaes, respectivamente. Criar processos, unificar pensamentos e melhorar a geração e aproveitamento de novos atletas serão alguns dos pilares do trabalho.
Por Daniel Bortoletto