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Bernardinho deixa futuro em aberto na Seleção: “Estarei próximo”

Técnico Bernardinho diz que Seleção precisa de mais vivências internacionais para voltar a fazer frente aos melhores do mundo
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O técnico Bernardinho afirmou, após a eliminação da Seleção Brasileira dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, que seguirá próximo da equipe nacional no próximo ciclo olímpico. O bicampeão olímpico não confirmou se permanecerá ou não à beira da quadra, mas garantiu que de alguma forma continuará presente no dia a dia. Atualmente, ele também é coordenador de Seleções da CBV.

– Tenho que ver o que minhas filhas vão dizer. É a minha vida, mas pode ter certeza que, se não estiver como protagonista liderando, vou estar próximo. Não vou me afastar e deixar de contribuir de maneira nenhuma com essa rapaziada e com o novo ciclo que se inicia. Precisamos realmente trabalhar muito bem. Existe um equilíbrio, e a consistência que nos falta só pode ser alcançada de um jeito. É estando na arena nesse nível de jogo, nas competições internacionais, contra as principais equipes do mundo. E esse time precisa disso, jogar, rodar. Os Adrianos da vida, os Darlans da vida, todos os meninos precisam viver isso aqui muito mais vezes. E eu tenho que aprender a lidar com a nova geração, ser melhor para ela. Não é gritando mais ou gritando menos. Tenho que ser eficiente – disse Bernardinho.

O treinador acredita que o vôlei brasileiro tem muito a evoluir nos próximos anos para fazer frente aos principais times do momento, mas mostra confiança no trabalho. Hoje, ele aponta Estados Unidos, Polônia, Itália e França como os quatro favoritos ao ouro em Paris. O Brasil ficou fora de uma semifinal olímpica pela primeira vez em 20 anos.

– Pode escrever o que digo aqui. O vôlei masculino vai brigar mais com esses principais times. Não tenho dúvida disso. Vamos ter que trabalhar muito, ralar muito, sentir um pouco mais as coisas. O trabalho lá embaixo mesmo vai ter que começar. Eu nem sei se sou a pessoa ideal para estar. Posso contribuir? Claro que eu posso e vou. Tenho que refletir. Será que sou a pessoa ideal para ser o treinador na próxima geração? Essa é uma questão muito importante. Agora, quero poder voltar para ajudar. Não quero sair do processo com um gosto amargo de ter ficado fora da semifinal das Olimpíadas – avaliou Bernardinho.

O treinador, que reassumiu a Seleção no fim do ano passado, após a saída de Renan Dal Zotto, isentou os jogadores pela derrota para os Estados Unidos.

– A responsabilidade é toda minha, toda minha, de não ter dado aos rapazes a condição de aproveitar a oportunidade. Talvez eu não conhecesse totalmente o grupo, não soubesse como extrair o melhor de cada um deles.

Tags: BernardinhoParis 2024Seleção Brasileira

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