Treinadores mais vitoriosos do vôlei nacional, Bernardinho e José Roberto Guimarães entraram oficialmente no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta segunda-feira, durante o lançamento da temporada 2019/2020 da Superliga, em São Paulo.
Eles tiveram as mãos “imortalizadas”. Idealizado em 2018, o Hall da Fama do COB pretende eternizar os atletas e treinadores que ajudaram a construir a história olímpica do país, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações. Para isso, será montado um espaço exclusivo, aberto à visitação pública, no Centro de Treinamento Time Brasil, futura sede administrativa da entidade, no Rio de Janeiro.
Além de Bernardinho e Zé Roberto, já integram o Hall da Fama os seguintes nomes: Hortência Marcari, campeã mundial de basquete em 1994 e prata nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996; Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico do judô brasileiro (bronze em Munique 1972); o velejador Torben Grael, maior medalhista olímpico do Brasil; a dupla do vôlei de praia Sandra Pires e Jackie Silva, primeiras brasileiras campeãs olímpicas (Atlanta 1996); e Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze na maratona em Atenas 2004 e único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Movimento Olímpico.
– Esse não é um prêmio individual, é uma conquista coletiva. Fiz parte de um grupo de atletas que conquistou uma medalha tão significativa. Vim representá-los e também as outras gerações que estão aqui. Então, quero agradecer a cada um de vocês, parceiros de batalhas antigas e companheiros mais jovens, de novas batalhas. Foi uma honra poder lutar ao lado de vocês e é uma honra poder representar todos vocês – discursou Bernardinho, dono de sete medalhas olímpicas, sendo seis como treinador.
– Tenho que agradecer às pessoas que jogaram comigo, os meus treinadores e professores. Mas preciso agradecer muito a duas pessoas, além da minha família,: ao Bebeto de Freitas, meu mentor, aquele que me deu a oportunidade de conhecer o que era integrar a seleção nacional; e ao o Paulo Márcio, meu guru, que me ajudou durante todos os anos na seleção – disse o tricampeão olímpico Zé Roberto, que ainda brincou com os jogadores de sua geração presentes à cerimônia: – Nós, levantadores, tanto o Bernardo quanto eu, fora o William, fizemos o nome dessa galera. Nós poupamos as costas e os joelhos de vocês.
Bernard Rajzman representou o COB na cerimônia e destacou a importância da dupla Bernardinho e Zé Roberto para o vôlei brasileiro.
– O nosso voleibol é espelho para tantas coisas. Ele serve como referência não só no campo esportivo, mas em todos os aspectos; é um esporte que se solidificou e que consegue crescer em resultados a cada ano. Essa é uma iniciativa maravilhosa do COB, e tenho orgulho de ter feito parte do júri que elegeu esses dois nomes, esses monstros sagrados do esporte, que tanto contribuíram para o desenvolvimento do esporte nacional.
Ainda em 2019, serão homenageados: Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 800m em Los Angeles 1984 e prata em Seul 1988; Magic Paula, campeã mundial de basquete em 1994 e prata nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996; e os já falecidos Guilherme Paraense, atirador, primeiro campeão olímpico do país na história dos Jogos Olímpicos, em Antuérpia 1920; João do Pulo, bronze olímpico no salto triplo em Montreal 1976 e Moscou 1980; Maria Lenk, nadadora, primeira mulher sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1932; e Sylvio Magalhães Padilha, primeiro sul-americano a disputar uma final olímpica no atletismo, nos 400m com barreiras, em Berlim 1936.
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