Novo diretor técnico da CBV, Jorge Bichara começou no cargo na última terça-feira (03), com foco nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Recém-chegado, o executivo já traça planos na entidade. Ele quer criar uma base de treinos na Europa, além de aproximar clubes, atletas e federações.

– O histórico do voleibol brasileiro não permite que você almeje nada diferente do que estar no pódio. O vôlei brasileiro é reconhecido internacionalmente. O ano de 2022 foi muito bom. Foram cinco medalhas em eventos de âmbito mundial. Eu entendo que a gente pode melhorar. A Confederação tem de estar cada vez mais próxima dos clubes, das federações, dos atletas, no sentido de melhorar a qualidade na nossa preparação – comentou, ao “GE”.

Jorge Bichara trabalhou no COB, o Comitê Olímpico do Brasil, de 2005 a 2022. No período, ele foi um dos grandes responsáveis pelas melhores campanhas do Brasil em Jogos Pan-Americanos, em Lima-2019, e Jogos Olímpicos, em Tóquio, em 2021.

A sua saída foi polêmica, após desentendimentos políticos com a alta direção da entidade. Por outro lado, muitos atletas demonstraram que queriam a permanência dele.

Depois de sua saída, em maio, Jorge Bichara trabalhou como consultor olímpico do Flamengo. Também engrenou na Confederação Brasileira de Atletismo, CBAt, onde conciliará com a CBV. Jorge assume um espaço que era da ex-jogadora de vôlei de praia Adriana Behar. Ela, porém, também era CEO da Confederação.

– Tinha essa sensação de que precisava ficar mais próximo da minha família, da minha mulher, das minhas filhas. Tive alguns convites que recebi de confederações aqui no Rio e outros trabalhos. Eu já conheço grande parte da equipe por ter trabalhado com vários deles ao longo dos anos na elaboração e na condução de programas e projetos do voleibol. Então, tem uma relação facilitada com muitos. Isso se transformou numa acolhida muito carinhosa. Eu me sinto confortável e pronto para trabalhar e para os novos desafios que vêm pela frente – concluiu.