A segunda etapa da Liga das Nações feminina de vôlei (VNL) foi importante para o Brasil pensando no hoje e no amanhã.
Sobre o presente, melhor começo na história da VNL, invencibilidade mantida depois de oito rodadas, com resultados positivos sobre Japão e Itália na etapa de Macau, briga direta com a Polônia pela liderança e confiança em alta em 2024.
Sobre o futuro, mais precisamente os Jogos Olímpicos de Paris entre julho e agosto, o técnico José Roberto Guimarães pôde tirar conclusões sobre a montagem do seu time ideal e a escolha das reservas.
Nyeme confirma, jogo após jogo, ser a líbero titular, com mais segurança no passe e com evolução na defesa. Na saída de rede, Rosamaria tem demonstrado regularidade, com margem para ser mais decisiva no ataque. A temporada no Japão parece tê-la deixada mais completa quando a análise inclui bloqueio e defesa. Nas pontas, Gabi e Ana Cristina ganham entrosamento na linha de passe depois da estreia da parceria no Maracanãzinho. E ninguém duvida do quanto serão decisivas em Paris para o sucesso verde-amarela.
No meio de rede, Thaisa e Carol jogaram juntas pela primeira vez na temporada. E demonstraram que podem fazer a diferença. Elas formam um parceria que impõe respeito, que preocupa os rivais e que pode ser uma bola de segurança para o Brasil no ataque.
Para o terceiro ponto citado acima se concretizar, Thaisa e Carol ainda dependem de um ajuste fino com Macris e Roberta. As levantadoras revezaram em momentos importantes da etapa de Macau e ainda têm um bom espaço para evolução no quesito precisão. Hoje o levantamento é a maior interrogação na montagem do time titular do Brasil. E o crescimento de uma deve forçar a melhoria da outra, um cenário positivo para a Seleção.
Por fim, com os testes diminuindo na VNL, a definição pelas 13 vagas em Paris fica cada vez mais clara. Macris, Roberta, Rosa, Kisy, Tainara, Gabi, Aninha, Julia, Pri Daroit, Thaisa, Carolana, Diana e Nyeme. Esse seria o meu time, faltando apenas apontar quem ocuparia a vaga de suplente para uma eventual substituição médica. E o seu?
Por Daniel Bortoletto