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Brasil ganha com esboço do time olímpico em quadra

Opinião de Daniel Bortoletto sobre as formações da Seleção Brasileira feminina. Na atual VNL, Brasil venceu os cinco jogos disputados
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Roberta, Rosamaria, Gabi, Ana Cristina, Thaisa, Carol e Nyeme. Essa foi a formação do Brasil ao fim do quinto set da partida contra o Japão, nesta terça-feira (28/5), pela Liga das Nações, em Macau. E talvez esse seja o time para começar os Jogos Olímpicos de Paris, em menos de dois meses.

Pela primeira vez na temporada, José Roberto Guimarães pôde contar com Thaisa. E, jogando apenas dois sets completos diante das japonesas, a experiente bicampeã olímpica mostrou o quanto pode fazer a diferença. Com ela, o ataque pelo meio ganha um desafogo importante e o peso do bloqueio aumenta demais. Sem falar na liderança!

Considerando as atuais opções da posição, a dupla Carolana/Thaisa é praticamente uma unanimidade para Paris. E tem uma importância enorme para o bom funcionamento do jogo brasileiro.

Nas pontas, Gabi e Ana Cristina jogam juntas pela primeira vez na carreira nesta VNL e precisam de um maior entrosamento. No total, são apenas cinco partidas delas até aqui. E ainda com boa margem de evolução, principalmente em uma divisão segura dos espaços na linha de passe. Já ficou muito claro que os saques adversários vão buscar a novata e, quando ela oscila neste fundamento, o ataque também tende a cair, como aconteceu em parte do duelo com o Japão.

Rosamaria evoluiu demais na defesa em sua passagem pelo Japão. E essa notícia é muito boa para a filosofia de jogo da Seleção. E, com Ana Cristina para dividir o protagonismo ofensivo, ela não precisa monopolizar os ataques. Contra o Japão foram 43 ataques de Rosamaria e mais 39 de Ana Cristina.

Nyeme tem dado conta do recado nesta VNL, superando uma expectativa que muitos tinham de ver Camila Brait na posição. Está mais “contida” nos levantamentos, como quer o treinador, e vem cumprindo seu papel no passe e na defesa. Caminha a passos largos para se garantir em Paris.

Por fim, Roberta parece, atualmente, mais titular do que Macris. Talvez o levantamento seja a posição com disputa mais aberta e equilibrada pela titularidade no Brasil. As duas contam com total e irrestrita confiança da comissão técnica. E o crescimento de uma tende a puxar a evolução da outra.

Por Daniel Bortoletto

Tags: BrasilLiga das NaçõesVNL

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