A Seleção Brasileira se despediu da Liga das Nações masculina, neste domingo, com uma atuação para ser esquecida.
Na disputa pela medalha de bronze, derrota para o time B da Polônia por incontestáveis 3 sets a 0, parciais de 25-17, 25-23 e 25-21.
Desde os primeiros lances, ficou claro que o Brasil estava nitidamente abatido em quadra. Um reflexo da virada sofrida na semifinal diante dos Estados Unidos. Compreensível?
Em parte. Logicamente a forma como a vaga na final escapou machuca, ninguém gosta de perder e foram menos de 17h entre um jogo e outro. Porém, um elenco experimentado não pode entrar para jogar uma disputa por medalha com uma rotação tão baixa. Semblantes carregados, nenhuma alegria, parecendo cumprir uma obrigação. E ainda havia o ingrediente de vingar a derrota para os jovens adversários nesta mesma fase final.
O primeiro set foi um passeio polonês. O Brasil, com a mesma escalação da véspera (Cachopa, Wallace, Leal, Lucarelli, Lucão, Flávio e os líberos Thales e Maique), deu nove pontos em erros, o campeão olímpico Wallace não conseguiu pontuar no ataque em seis tentativas, o passe voltou a oscilar… Nada funcionou.
O segundo set caminhava pelo mesmo caminho, com os poloneses abrindo 18 a 12 e quase cumprindo tabela. Neste momento, Renan já havia trocado o levantador com Bruninho, os pontas Douglas Souza e Maurício Borges e o oposto Alan. Com um pouco mais de vibração, o time brasileiro lutou e chegou a virar para 23 a 22. Mas o melhor momento verde-amarelo no jogo parou aí, os erros voltaram a acontecer e a derrota foi confirmada, com Bednorz, o destaque até então, com 15 pontos.
Quem também teve chance na terceira parcial foi Éder, convocado para substituir o lesionado Maurício Souza. O bloqueio, mais uma vez, não conseguiu pontuar, tanto que os centrais Lucão e Flávio tinham apenas um ponto somado no fundamento até então. O Brasil até chegou a ficar na frente no início, mas levou a virada e voltou a demonstrar abatimento e os costumeiros erros. E a Polônia, sem nada a ver com isso e mesmo sem o técnico Vital Heynen no banco de reservas, fechou em 3 a 0.
Bednorz terminou a partida com 21 pontos. Pelo Brasil, Alan foi quem mais pontuou: oito.
Para o Pré-Olímpico, principal objetivo do ano, daqui a três semanas, o Brasil precisa juntar os cacos e mostrar muito mais vôlei para garantir a vaga em Tóquio.
Por Daniel Bortoletto