A Seleção Feminina está nas semifinais do Pan-Americano. Com uma atuação de altos e baixos no primeiro set, mas bem mais confiante a partir do segundo – com a entrada de Paula Borgo no lugar de Lana -, o Brasil derrotou os Estados Unidos por 3 sets a 0 – parciais de 25-21, 25-22, 25-17 -, na tarde desta sexta-feira, no encerramento da fase classificatória do torneio de Lima. As semifinais, neste sábado, acontecem às 20h30 e às 22h30 (de Brasília).
O time verde-amarelo aguarda agora a definição do seu adversário na próxima fase, que sairá depois dos confrontos dessa noite. O Grupo A está indefinido. Três times têm chances de classificação: Colômbia, Peru e República Dominicana. Canadá já está eliminado.
Na sequência da rodada, a Argentina foi derrotada por Porto Rico por 3 sets a 1, de virada – 21-25, 25-16, 26-24, 25-23 – e avançou na segunda colocação do Grupo. O Brasil ficou e primeiro.
Lorenne impossível
Lorenne foi a maior pontuadora do jogo com 23 pontos, seguida por Paula Borgo (12), Macris (7), Maira (5), Mara (5), Lara (4) e Lana (1).
A ponteira Sarah Wilhite, que vai defender o Sesi/Bauru na temporada 2019/2020, foi um dos destaque norte-americano, com 11 pontos. A maior pontuadora dos EUA foi Krystal Rivers, com 13. A central Hannah Tapp, que vai defender o Flamengo este ano, marcou 2 pontos.
O Brasil tem quatro títulos pan-americanos no vôlei feminino: Chicago-59, São Paulo-63, Winnipeg-99 e Guadalajara-2011. A Seleção tem ainda três pratas e dois bronzes no torneio e busca vaga na sua quarta final consecutiva.
Ponteiras instáveis
O técnico José Roberto Guimarães manteve o time titular dos dois primeiros confrontos, com Macrís, Lorenne, Mara, Lara, Lana, Maira e Natinha (líbero). Mas, as ponteiras repetiram a má atuação da derrota para a Argentina, quinta-feira, por 3 sets a 0 e o treinador mexeu no time. Maira e Lana passaram em branco no primeiro set sem terem marcado nenhum ponto para o Brasil.
Lana, além de não ter pontuado na primeira parcial, começou o segundo set comprometendo no passe, o que fez Zé Roberto tomar atitude surpreendente: apesar de ter as ponteiras Tainara e Júlia Bergmann no time, ele optou por colocar a oposta Paula Borgo improvisada como ponta no lugar de Lana.
O Brasil ganhou em potência de ataque e não comprometeu o passe. Lorenne, em dia inspiradíssimo, seguiu comandando a vitória brasileira. Além dela, outros destaques foram a central Lara, bem no bloqueio e bem entrosada com a china com Macrís, e a líbero Natinha, sempre muito bem posicionada e fazendo defesas importantes. O Brasil também foi beneficiado pelos excessos de erros das norte-americanas, principalmente nos contra-ataques.