Com o time reserva em quadra, a Seleção Brasileira feminina foi derrotada pelos Estados Unidos, atuais campeões da Liga da Nações, por 3 sets a 1 – parciais de 25-18, 25-19, 20-25, 25-21 -, na madrugada desta sexta-feira, pelo segundo jogo da fase final da competição, na cidade de Nanquim, na China.
As duas equipes já estavam classificadas para as semifinais, depois de terem vencido a Polônia. O que estava em jogo era a colocação no Grupo B e o Brasil terminou em segundo lugar. As norte-americanas escalaram um time misto, poupando algumas titulares.
Revanche
Na semifinal, neste sábado, o time do técnico José Roberto Guimarães vai encarar a Turquia, primeira colocada do Grupo A, numa reedição da semifinal do ano passado. A outra semifinal também é uma repetição de 2018. Os Estados Unidos vão enfrentar a China – que bateu a Itália por 3 sets a 1 (25-17, 25-22, 22-25, 25-22) nesta sexta-feira, no encerramento dos jogos do Grupo A e ficou na segunda colocação da chave.
Ano passado, o Brasil foi eliminado pela Turquia nas semifinais e perdeu a disputa da medalha de bronze para a China, por 3 sets a 0.
Lorenne é destaque
Zé Roberto aproveitou a classificação antecipada para dar ritmo de jogo ao banco de reservas e escalou o Brasil com Roberta, Lorenne, Tainara, Amanda, Carol, Mara e Natinha (líbero), poupando todas as titulares. Mayany entrou no lugar da Carol no final do segundo set e ficou até o final. Marcou três pontos.
Lorenne e Natinha foram os destaques positivos do Brasil. Amanda esteve bem no fundo de quadra e virou bolas importantes, mas ainda inconstante. A oposta foi a maior pontuadora brasileira, com 21 pontos, seguida por Tainara, com 10 e Amanda, com 8, Mara 7 e Paula Borgo, que entrou nas inversões do 5 x 1 com Macris, 3.
Thompson
A oposta Thompson, dos EUA, foi a maior pontuadora do confronto, com 33 pontos. A ponteira Larson marcou 13, Foecke 12 e a centra Dixon, 11.
O bloqueio do Brasil esteve muito ineficiente, sem Bia, uma das líderes das estatísticas da Liga das Nações no fundamento. Os EUA marcaram 10 pontos contra apenas 4 do Brasil no quesito, sendo que até a metade do terceiro set a vantagem era de 8 a 1 para as americanas.
Instabilidade
O Brasil conseguiu equilibrar o jogo até a metade das duas primeiras parciais, mas nos momentos decisivos e na reta final dos sets se perdeu em erros de recepção e ineficiência no ataque para virar a primeira bola. As norte-americanas, ao contrário, jogaram as duas primeiras parciais tranquilas, em ritmo de treino.
Roberta jogou muito pouco com as centrais – mesmo quando o passe permitia, abdicou das meios e concentrou o jogo muito nas pontas.
Depois de perder os dois primeiros sets, o Brasil conseguiu imprimir um bom ritmo na defesa e contou com erros norte-americanos para comandar o placar na terceira parcial. Lorenne chamou a responsabilidade e foi o destaque nas bolas decisivas. A Seleção fechou o set marcando dois pontos seguidos de bloqueio, com Mayany e Lorenne.
No quarto set, a equipe verde-amarela voltou um pouco mais solta. Com a recepção melhor, Roberta conseguiu jogar com Mara, enquanto Amanda e Natinha garantiam um bom volume de jogo no fundo da quadra. O Brasil vencia por 15 a 13, mas permitiu a virada norte-americana, que imprimiu um ritmo mais forte nos contra-ataques, principalmente com Thompson, mantendo a vantagem para fechar o set em 25 a 21 e o jogo em 3 a 1.
Por Patrícia Trindade
* Atualizado às 11h15
AS FINAIS DA VNL
Quarta-feira
EUA 3 x 1 Polônia (21-25, 25-16, 25-15, 26-24)
Turquia 3 x 1 China (25-22, 25-19, 22-25, 25-22)
Quinta-feira
Brasil 3 x 2 Polônia (22-25, 25-21, 22-25, 25-19 e 15-10)
Itália 0 x 3 Turquia (21-25, 15-25 e 21-25, 25-21)
Sexta-feira
EUA 3 x 1 Brasil (25-18, 25-19, 20-25, 25-21)
China 3 x 1 Itália (25-17, 25-22, 22-25, 25-22)
Sábado
4h – Semifinal 1: Brasil x Turquia
8h30 – Semifinal 2: China x EUA
Domingo
4h – Disputa do bronze
8h30 – Disputa do ouro
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