A derrota de virada para a Rússia, na semifinal, vai demorar para ser digerida pelo Brasil. Mas o time precisará virar a chave para a disputa da medalha de bronze no torneio masculino de vôlei na Olimpíada de Tóquio, na madrugada de sexta para sábado, 1h30 (de Brasília).
No discurso pós-derrota hoje, experientes jogadores, como Lucão e Bruninho, campeões olímpicos na Rio-2016, além do técnico Renan Dal Zotto, fizeram questão de valorizar a disputa pelo terceiro lugar.
– Buscar o bronze significa um pódio olímpico, uma medalha olímpica, poucos atletas no mundo têm condições de conseguir um feito desse. O vôlei brasileiro sempre representou muito o país, levando medalhas e acho que é nossa obrigação: chegar dentro de quadra e colocar tudo que temos para conquistar essa medalha – disse o central Lucão, autor de 13 pontos no confronto com os russos.
– Por mais difícil que seja, temos que apagar isso (a derrota de virada para a Rússia). O bronze conta muito pra gente. Sabemos o quanto a gente merece, quanto a gente trabalha, se dedica. Então, fomos entrar com a faca nos dentes como se fosse o ouro. Não temos tempo para lamentar – disse o levantador e capitão Bruninho.
– O desafio do Brasil é estar sempre entre os melhores, tem que estar no pódio. Temos dois dias para voltar para a quadra, trabalhar, ver quem vai ser o adversário da disputa do bronze. Eu já passei por uma experiência em 88, de perdermos a medalha do bronze, e esse sim é um gosto amargo. Vamos buscar essa motivação. Todos têm experiência suficiente. Vamos viver esse luto por algumas horas, mas depois virar a chave e buscar o bronze – afirmou Renan, citando a espera pelo resultado da segunda semifinal entre França e Argentina, prevista para começar às 9h desta quinta-feira, na Ariake Arena.