O Brasil derrotou a Argentina por 3 sets a 1 – parciais de 25-17, 24-26, 25-18, 25-18 -, na manhã deste domingo (05.09), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF), e conquistou o título do Campeonato Sul-Americano Masculino de Vôlei pela 33ª vez na história. A Seleção Brasileira nunca perdeu uma decisão continental. O único título da Argentina foi em 1964, edição em que o Brasil não esteve presente. O Sul-Americano Feminino começa no dia 15, na Colômbia.
A competição classificou Brasil e Argentina para o Mundial do ano que vem, na Rússia. Ainda hoje, a partir das 13h, Colômbia e Chile definem a terceira colocação. Foi o primeiro encontro entre brasileiros e argentinos após a derrota verde-amarela por 3 a 2 na disputa do bronze, nos Jogos de Tóquio, há quase um mês. Foi a última competição do Brasil em 2021. Agora, é focar na temporada de clubes – Estaduais, Superliga, Sul-Americano de Clubes, Mundial de Clubes e Copa Brasil.
O técnico Renan Dal Zotto escalou o Brasil com: Bruninho, Alan, Lucarelli, Vaccari, Lucão, Isac e Thales, com Maique entrando para defender e fazendo grande partida. Ele foi eleito o melhor em quadra e ficou com o Troféu Viva Vôlei. Alan foi o maior pontuador do jogo, com 25 pontos.
– Estar na Seleção e representar o Brasil é maravilhoso. Muito emocionante. A gente se dedica muito. Ganhar da Argentina é sempre muito gostoso. Quero agradecer pelo carinho. Eu sou bem agitado. Eu amo o que eu faço. Às vezes, mesmo nos momentos tristes, estou tentando levantar a energia da galera – disse Maique.
Os “novatos” do grupo, de maneira geral, aproveitaram bem a oportunidade na competição. Apenas 7 dos 12 jogadores que estiveram na campanha do quarto lugar em Tóquio foram mantidos no Sul-Americano. As caras novas foram: Maique, os centrais Flávio e Cledenilson; os ponteiros Vaccari, Adriano e João Rafael e o oposto Abouba.
O Brasil começou bem, impondo um ritmo forte no saque no primeiro set e com Alan – substituto natural no time titular de Wallace, aposentado da Seleção – pontuando bem: foram 6 pontos na primeira parcial. No set seguinte, no entanto, o saque dos argentinos começou a fazer a diferença. Eles abriram boa frente em 22 a 19 e depois em 24 a 22. O Brasil chegou a empatar, mas os rivais estavam confiantes nos contra-ataques para fechar em 26 a 24.
A equipe da casa começou bem o terceiro set, fazendo 5 a 2, com Alan novamente comandando os ataques. Mas, a Argentina foi, aos poucos, reagindo na partida. Sacou bem e a recepção da Seleção Brasileira sentiu e perdeu as bolas rápidas pelo meio. Com isso, os hermanos passaram a tocar os ataques brasileiros no bloqueio, aproveitando os contra-ataques com Nico Mendez – filho do técnico Marcelo Mendez, que entrou bem a partir do segundo set – e viraram em 9 a 8. Renan mexeu no time quando o jogo estava 15 a 14, colocando Flávio no lugar de Isac e Adriano no de Vaccari. O Brasil cresceu no bloqueio e na defesa, abrindo boa frente: 20 a 15 e deslanchou para fechar em 25 a 18.
O Brasil tinha marcado apenas quatro pontos de bloqueio até o segundo set. Nos dois seguintes, pontuou 12 vezes no fundamento.
Adriano e Flávio foram mantidos no quarto set. A Seleção começou arrasadora e abriu logo 7 a 1. Mas, novamente, os argentinos buscaram o placar com ajustes no bloqueio e jogando com bolas mais altas nas extremidades, sem enfrentar o block brasileiro. Encostaram em 8 a 9. O Brasil voltou para o jogo, trabalhando melhor os pontos, amortecendo as bolas no bloqueio para pontuar nos contra-ataques e abrir ótima frente, fechando em 25 a 18. Hegemonia mantida, com 33 títulos conquistados em 33 participações.
Brasil: Bruninho, Alan, Lucarelli, Vaccari, Lucão, Isac e Thales. Entraram: Maique, Flávio, Adriano e João Rafael. Técnico: Renan Dal Zotto
Argentina: Sanchez, Bruno Lima, Palacios, Palonsky, Loser, Ramos e Danani. Entraram: Balagué, Nico Mendez, Giraudo, Martinez. Técnico: Marcelo Mendez