Muito se falou, no fim de junho, sobre um Brasil x Itália nas quartas de final da VNL feminina. Nos últimos dias, a Sérvia chegou a ser a rival brasileira por algumas horas. Depois, as europeias foram substituídas pela China. E, no fim das contas, quem será o adversário por uma vaga na semifinal será o Japão.
Semanas atrás, tal confronto era dos mais improváveis de uma fase final. A seleção japonesa abriu a VNL com oito vitórias consecutivas, na liderança. Chegou a Calgary, no Canadá, como o time a set batido. E foi derrotado quatro vezes seguidas: 3 a 2 Holanda, 3 a 1 Turquia, 3 a 1 Sérvia e 3 a 2 Bélgica.
Despencou do primeiro para o quinto lugar, entrando nas quartas como “sexto”, já que a Turquia escala o pelotão por ser a sede das finais. O time do Web Vôlei foi convocado para opinar sobre o confronto entre Brasil x Japão. Veja as opiniões:
Bruno Souza
– Acho que, no fim, ficou de bom tamanho para o Brasil. Claro que o Japão é uma ótima equipe, mas creio que a seleção brasileira terá boas chances de avançar, principalmente por ter sido testada contra China e Tailândia na última semana da fase classificatória. É possível que o desgaste físico tenha atingido mais as japonesas do que as brasileiras. Vimos no ano passado o que aconteceu com quem quis esconder o jogo demais.
Gurja
– Gostaria de estar enganado, mas me parece que o Japão “escolheu” confrontar o Brasil nas quartas de final. E se isso de fato aconteceu, foi uma péssima escolha. Tenho total confiança que avançaremos de fase.
Daniel Bortoletto
– O Japão das duas primeiras semanas da VNL, das oito vitórias seguidas, da liderança e da invencibilidade, seria um adversário temível para o Brasil. Já o Japão da semana 3, com quatro derrotas em sequência, algumas para times bem limitados, com pontos fracos nas partes física, técnica e psicológica, é um rival bem mais acessível do que Itália e China, as opções mais discutidas nas últimas semanas. Não dá pra dizer que a Seleção se deu mal no cruzamento das quartas.
Patrícia Trindade
– Muito estranho o que passou com o Japão na terceira etapa da VNL. Perdeu aquele encanto das semanas anteriores, acabou aquela sensação de poder encarar de frente qualquer adversário do primeiro escalão do vôlei mundial. Normalmente quem esconde o jogo tem uma dificuldade grande de reencontrá-lo.
Robson Leal
– Acho que o Brasil tem muita chance frente ao Japão. Ao longo dessa VNL o Brasil protagonizou duelos muito importantes contra escolas asiáticas: China e Tailândia. Foram jogos bastante equilibrados e esse exigirá muita concentração do Brasil. Importante sacar bem e consolidar o nosso sistema bloqueio-defesa. Apesar de ser um time muito veloz e ter em Sarina Koga sua principal definidora, a equipe do Japão tem problemas no bloqueio. Brasil terá que jogar com inteligência. O Japão está longe de ser imbatível. Cenário bem semelhante ao da VNL do ano passado, quando o Brasil venceu por 3-1, em Rimini.