A primeira semifinal do Campeonato Sul-Americano masculino, na Arena Minas, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, teve comemoração de apenas um brasileiro: Guilherme Hage.
O ponta da UPCN foi um dos destaques da vitória argentina sobre os anfitriões do Fiat/Minas por 3 sets a 0. Ele dividiu com o polonês Bartman a virada de bola, teve consistência no passe e foi ajuda importante, com seus 2,00m, no bloqueio.
Ao fim da partida o sorriso estampado no rosto era a certeza da missão cumprida.
– Dá para dizer que fizemos sim uma partida quase perfeita, principalmente nos dois últimos sets. No início entramos nervosos, era uma semifinal, contra o time da casa. Mas logo o time ajustou a defesa, levantamos muitas bolas e depois dominamos – disse Hage ao Web Vôlei.
Guilherme vem de uma família de atletas. O pai e a mãe jogaram vôlei. Letícia, a irmã, é titular do Fluminense na Superliga. Para ele, a participação em Belo Horizonte é especial. Depois de passagens por Espanha, Itália, França e agora Argentina, ele tem novamente a oportunidade de atuar em casa, após sete anos fora do Brasil.
– Está sendo muito bacana. Ter meus pais por perto, sentir essa energia. Ainda mais em uma competição importante, valendo vaga no Mundial – completou ele, com um título de Superliga no currículo, pela Cimed, na temporada 2009/2010.
O brasileiro ainda fez uma análise da performance do polonês Bartman. O oposto, titular durante vários anos da forte seleção europeia, desequilibrou na semifinal.
– O cara é muito gente fina. Adoro um churrasco, sempre está fazendo brincadeira. Como somos da mesma geração, nos enfrentamos lá atrás pelas seleções de base. É um prazer tê-lo atualmente como companheiro.
Hage ainda fez um balanço da trajetória em terras argentinas:
– Estou aprendendo demais. É um estilo de jogo diferente, com muita defesa. Tenho agregado ao meu jogo essa característica. O nível na Argentina está alto atualmente. O Bolívar, campeão da Libertadores, lidera o campeonato local. Nós e Obras San Juan estamos na sequência.
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