A partir de agora, acostume-se a chamar a levantadora canadense de Brie O’Reilly. Em entrevista ao site italiano Volley News, a jogadora do Sesc RJ Flamengo confirmou ter voltado a usar o nome de solteira com o fim do casamento, deixando de usar King. Além disso, ela falou sobre a temporada 23/24, os ensinamentos de Bernardinho, o sonho olímpico com o Canadá e os planos para o futuro.
SEGUNDA TEMPORADA NO BRASIL
– Gosto muito de jogar no Brasil. É uma experiência completamente diferente das anteriores. O país tem uma grande paixão pelo voleibol, a qualidade do controle de bola e o QI do voleibol são em média muito elevados, e o campeonato é super competitivo. Sinto que para ter sucesso aqui é preciso sempre se esforçar 100%, e isso é ótimo para um atleta.
DESEMPENHO DO SESC RJ FLAMENGO
– Tivemos uma temporada muito positiva. Tínhamos grandes expectativas porque quase toda a equipe estava renovada, portanto, conseguimos pular o clássico período de adaptação nos primeiros meses, em que nos conhecemos e estudamos o novo sistema de jogo. Quando entrei no grupo após o pré-olímpico, foi muito fácil reencontrar o entendimento e por isso sabíamos que seria um ano especial. No final, o time foi protagonista de uma jornada incrível e conseguiu chegar aos playoffs como primeiro colocado. No geral, estou muito orgulhosa do trabalho que realizamos e do espírito de equipe que construímos.
QUEDA NAS SEMIFINAIS
– Nossa série semifinal da Superliga foi certamente decepcionante. Infelizmente, no melhor momento, peguei dengue e fui internada. Fiquei fora do primeiro jogo contra o Praia. Só pude voltar a treinar dois dias antes do jogo 2, então, eu não estava na melhor forma. A equipe deu tudo de si nas duas partidas, mas definitivamente teve azar por ter que enfrentar tal situação na semana mais importante da temporada.
TRABALHO COM BERNARDINHO
– Trabalhar com Bernardo é a realização de um sonho. Ele é um treinador de muito sucesso, mas também é muito humilde e tem uma ética de trabalho incomum. Com ele é impossível não dar o seu melhor todos os dias nos treinos porque seus padrões são muito elevados e sua abordagem é baseada em um modelo de cima para baixo. O melhor conselho que recebi dele é ser humilde e sempre assumir minhas responsabilidades, pois é fácil culpar os outros e ser egoísta no contexto de um esporte coletivo, mas isso não fortalece o grupo. Bernardo me passou esse princípio, o que me ajudou a crescer e me tornar uma jogadora madura.
OS PLANOS COM A SELEÇÃO
– Estou animada. Nossa equipe está pronta. Todas os jogadoras estão saudáveis, energizadas e totalmente focadas no nosso grande objetivo (garantir vaga nas Olimpíadas). Temos consciência de que não será fácil, mas estamos nos preparando para estarmos prontas. Acho que a equipe deu passos gigantescos nos últimos tempos e encontrou uma nova identidade: portanto, estamos prontas para dar o nosso melhor porque queremos ir para Paris. Estamos 100% convencidas de que somos capazes de atingir esse objetivo.
PLANOS DE BRIE PARA O FUTURO
– Em primeiro lugar, gostaria de ajudar o Canadá a conseguir uma vaga para as Olimpíadas. E um dia gostaria de jogar na Itália. Obviamente estou grata às equipes e ligas em que joguei até agora, mas antes de parar gostaria definitivamente de experimentar a Série A italiana. No geral, quero me esforçar bastante e ver onde consigo chegar no vôlei. Aí aí poderei voltar feliz para casa, construir minha família e morar em uma linda fazenda (risos).