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Briga, desfalques e título. O Brasil no Grand Prix-96

Em publicação nas redes sociais, Ricardo Tabach relembrou histórias da conquista do desfalcado Brasil no Grand Prix de 1996
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Ricardo Tabach, atual assistente técnico da Seleção Brasileira masculina e do time feminino do Sesc, publicou no Instagram, nesta quinta-feira, bastidores de uma conquista histórica do Brasil.

Em 1996, a Seleção comandada por Bernardinho conquistou o título do Grand Prix de forma heroica. A competição foi disputada em Xangai, na China, meses após os Jogos Olímpicos de Atlanta. O Brasil vinha da então inédita medalha de bronze (após a famosa briga com Cuba na semifinal), mas somava uma série de desfalques. Mas superou as ausências, como recorda Tabach, para conquistar pela segunda vez o Grand Prix (a primeira foi em 1994), deixando Cuba, a toda poderosa daquela geração, como vice-campeã (e com direito a mais uma confusão).

“Após o bronze na Olimpíada de Atlanta, com direito a briga após a semifinal histórica que perdemos para Cuba por 3 a 2, dois meses depois vencemos também por 3×2 a “revanche” na fase final do Grand Prix. E para seguir o mesmo roteiro teve briga também (rs)… Em seguida ganhamos da China (3×2) e no último dia da Rússia também 3×2, com direito a 16-14 no tie-break. Ufa! E com apenas as 6 titulares, a Fofão sozinha no banco, e a guerreira Sandra com a perna enfaixada de líbero (foi a primeira competição/teste desta posição). Ana Paula e Filó estavam suspensas pela briga, além da Ana Moser e Hilma contundidas. Foi o famoso resta um. Geração fantástica que assim como a de prata no masculino foi um divisor de águas”, escreveu Tabach.

Neste vídeo do tie-break contra Cuba, encontrado no YouTube, você entenderá o motivo de Ana Paula e Filó terem sido suspensas. Ana Moser jogou no sacrifício aquele clássico. A confusão foi tratada, à época, como o segundo round na briga entre brasileiras e cubanas.

Na ocasião, o time brasileiro terminou o Grand Prix contra a Rússia com Fernanda Venturini, Leila, Virna, Ana Flávia, Karin Rodrigues e Fernanda Doval. Leila foi eleita a melhor jogadora daquele Grand Prix.

Tabach ainda revelou outro bastidor daquele ano:

“Vale registrar que quase teve briga entre a CT e as atletas, pois após a Olimpíada a Ida foi capa da Playboy. E todas estavam curiosíssimas para ver o resultado (a CT também né…?). Após 40 dias viajando pela Ásia (quarentena do avesso, longe de casa), o Radamés (Lattari), o nosso supervisor, conseguiu que enviassem um exemplar para a China. E quando ele brincou, mostrando a revista com a porta do quarto entreaberta, todas elas correram para arrancar dele. Só faltaram derrubar a porta (rs). Enfim, a revista rasgou, ficou toda amassada, mas todas puderam ver, fazer os seus elogios e logicamente suas críticas”.

Ida, medalhista olímpica em Atlanta, deixou a Seleção depois daquele então inédito bronze. Ela foi uma das primeiras atletas do país a posar nua para a Playboy.

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