Bruna Honório mudou de patamar no cenário nacional nesta temporada. As conquistas e a performance individual pelo Itambé/Minas fizeram a jogadora de 29 anos ganhar status de protagonista, mesmo tendo a companhia de atletas consagradas como Gabi, Natália e Carol Gattaz.
Dias depois de conquistar o Campeonato Sul-Americano, tendo sido eleita a melhor oposto da competição, Bruna falou com o Web Vôlei sobre o momento, as perspectivas para o restante da Superliga, Seleção Brasileira e o trabalho do italiano Stefano Lavarini.
Campeão estadual, da Copa Brasil, vice mundial e agora vencedor do Sul-Americano. Com um ano quase perfeito, como é lidar agora com o favoritismo para vencer também a Superliga?
Temos um time muito pé no chão,. Mesmo com todas as vitórias, sabemos que a Superliga é diferente. Um campeonato longo e que será a grande prova para nós. Sabemos que não podemos dar mole, achar que é fácil. É aí que corre o perigo. Tudo isso nos faz ficar mais concentradas ainda com qualquer tipo de favoritismo ou cobrança.
Sobre sua performance individual, acredita estar vivendo a temporada mais consistente da carreira? Em quais aspectos você acha que mais evoluiu?
Estou na melhor fase da minha carreira. Madura e constante. Com alguns anos no cenário, ganhei bagagem para hoje evoluir a cada momento nos treinos e jogos. Como sou uma oposto fora do comum, como muitos dizem, eu preciso ter um leque de golpes e uma atenção especial para isso. Vejo que está dando certo.
Com tamanha visibilidade e conquistas, aumenta sua ansiedade para ser convocada para a Seleção Brasileira?
Não aumenta minha ansiedade não, porque hoje tenho pés no chão e a minha prioridade é o Itambé/Minas. Penso apenas que se vier uma convocação ficarei muito feliz em poder defender o Brasil e dar o meu máximo, assim como faço no clube.
Após o título da Copa Brasil, publicamos uma matéria sobre o Lavarini. Uma das frases da Carol Gattaz foi: “Ele foi a melhor coisa que aconteceu ao Minas nos últimos dois anos”. O que você vê de diferente, de especial nele?
O Lavarini é extremamente inteligente e simples, então apenas fazendo um voleibol simples dentro das nossas possibilidades. O simples às vezes é a melhor opção. Ele realmente é um dos melhores técnicos com quem já trabalhei.
A Keyla Monadjemi disse na mesma matéria que no início do trabalho do Lavarini as jogadoras ficaram um pouco surpresas com os métodos dele, com treinos mais intensos, com a obsessão pela velocidade no estilo de jogo. Como foi para você o primeiro contato?
Ao mesmo tempo que é simples, realmente ele chegou colocando velocidade aos atacantes. Na saída era a minha melhor jogada para mim. Peguei bem. Agora na ponta tive um pouco de dificuldade, mas logo tudo se encaixou.
Macris é outra jogadora muito elogiada nesta temporada Vocês tiveram uma sintonia imediata no Minas?
A Macris tem uma visão de jogo, ela percebe o bloqueio e muitas vezes deixa todos as atacantes no simples, facilitando muito para a gente e isso é ótimo. No começo, até acertar a bola, tínhamos algumas dificuldades. Normal. Mas estou aqui para ajudá-la e ela para me ajudar. Sempre falo isso pra ela.
Se tivesse de resumir essa temporada em apenas uma palavra, qual seria?
Energia. Superação.
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