Quem é o melhor jogador do mundo atualmente no vôlei masculino? Leon, Ngapeth, Matt Anderson, Zaytsev, Mikhaylov? Para o levantador Bruninho, o nome no topo desta lista é o de Yoandy Leal.
Questionado pelo Web Vôlei ao término da semifinal do Campeonato Mundial de clubes, na noite deste sábado, o jogador do Civitanova e capitão da Seleção Brasileira cravou, sem titubear, o nome do companheiro de time e agora também na Amarelinha.
– Ele ganhou uma confiança muito grande, está crescendo não só tecnicamente, mas também no caráter. Sem dúvida, eu aponto ele hoje como o melhor jogador do mundo – disse Bruninho, antes de completar:
– Eu só tive a oportunidade de treinar com ele a partir do ano passado. Na Itália o Leal sofreu um pouquinho no começo, pois o campeonato lá é totalmente diferente do jogado no Brasil, mas ele se adaptou e hoje está mostrando ser o melhor jogador do mundo mesmo. Que bom que ele está com a gente!
Neste Mundial, Leal apresenta bons números. É o melhor sacador do campeonato, ocupa o terceiro lugar em aproveitamento de ataque e está na quarta posição entre os maiores pontuadores, não muito distante do líder, o búlgaro Sokolov, do Zenit Kazan (50 a 45). Na Itália, é quem mais ganhou o prêmio de melhor da partida. Em dez rodada, com o Civitanova líder e ainda invicto, ele faturou quatro troféus.
Questionado sobre o ótimo momento, Leal respondeu sobre ser ou não o melhor do mundo:
– Acho que é o meu melhor momento. Creio que é melhor definir assim. Sobre ser o melhor do mundo, eu não sei. Faço o meu trabalho, quero jogar bem todo jogo, algo para mim que é o mais importante hoje. Ser o melhor do mundo ou não tanto faz – comentou o ponteiro.
O passado vencedor pelo Sada Cruzeiro e o grande momento vivido na primeira temporada pela Seleção fazem de Leal um dos jogadores mais assediados pelo público, em Betim, durante os jogos, e em Belo Horizonte, onde os participantes do Mundial de Clubes estão hospedados. Sequer é vaiado ao enfrentar o time da casa.
Cubanos de nascença, assim como Leal, o ponta Juantorena e o central Simon também foram ouvidos pelo Web Vôlei sobre o tema. Para Juantorena, capitão do Civitanova, a evolução do companheiro é nítida.
– Creio que o Leal chegou ao nível top de sua carreira. Jogar no Brasil é diferente de jogar na Itália. Lá no Italiano é mais complicado, o nível é mais alto. Ele teve dificuldade no primeiro ano, mas agora cresceu muito. Está muito maduro, tranquilo e sabe o que tem de fazer para se manter em altíssimo nível – comentou Juantorena, naturalizado italiano.
Para Simon, companheiro no Sada, no Civitanova e na seleção cubana, Leal vive mesmo um momento especial como melhor do mundo:
– Já jogo com ele há muito tempo e acho que sim (é o melhor). Leal está muito bem, muito concentrado, sempre bem fisicamente. Ele é um cara que trabalha demais e merece tudo o que está acontecendo. Se não for o melhor momento, é um dos melhores, sem dúvida.
Por Daniel Bortoletto, em Betim
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