Dificilmente o dia 23 de julho será esquecido pelo levantador Bruninho. Ele teve a honra se ser um dos porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio ao lado da judoca Ketleyn Quadros.
Sem o restante da delegação, após decisão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de evitar uma exposição extra em meio à pandemia do coronavírus, eles desfilaram pelo Estádio Olímpico como a 151ª delegação, já que a ordem seguiu o alfabeto local. Durante o trajeto, até arriscaram sambar um pouco, quase como mestre-sala e porta-bandeira de um Carnaval.
– Uma emoção que não dá nem para explicar direito. Suando muito, acho que de nervosismo também. E com sambadinha. Deu pra mostrar que ela (Ketleyn) tem samba no pé – disse Bruninho.
Na sequência, eles deixaram a instalação esportiva, sem acompanhar o restante do evento. Para o levantador, o foco agora é a estreia contra a Tunísia, já às 23h05 de hoje, no horário brasileiro, diante da Tunísia.
Bruninho, capitão da Seleção, inicia a trajetória em Tóquio de olho em um recorde. Ele pode se tornar um dos recordistas de medalhas olímpicas do vôlei masculino do país, igualando-se a Serginho Escadinha. O ex-líbero soma quatro medalhas, sendo dois ouros e duas pratas, enquanto o levantador é dono de um ouro e duas pratas.
– É uma marca que seria muito especial, mas, neste momento, eu penso apenas no nosso trabalho, em buscar nosso objetivo como grupo. Quando eu parar de jogar, farei as contas e vejo o que deu. O mais importante é a seleção, as marcas pessoais e os recordes ficam para depois – disse Bruninho.
Sobre a defesa da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 2016, ele não vê como pressão extra.
– Tivemos a maior pressão das nossas vidas ao disputar os Jogos Olímpicos em casa. Passamos por momentos difíceis nos jogos e conseguimos superar. Está todo mundo calejado, ciente do seu papel dentro de quadra e prontos para jogar – finalizou Bruninho.