No podcast “Na Rede com Nalbert” da última quarta-feira, que contou com a participação de dois ex-capitães da Seleção Brasileira – Nalbert e Carlão – o levantador Bruninho, atual capitão do Brasil, falou sobre a frustração do quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio e como o Sul-Americano foi importante para o grupo virar a chave e já voltar a pensar no futuro.
– Foram dez dias de treinamento para o Sul-Americano, e foi muito importante a ida de alguns jogadores que o Renan acredita que são pilares no time, como eu, Lucão, Lucarelli, que são jogadores experientes se juntando com caras novas e pensando nesse ciclo mais curto de três anos. A gente sabia que a responsabilidade era grande, a pressão sempre existe ao representar o Brasil – disse Bruninho, referindo-se ao fato de o Brasil ter conquistado a vaga no Mundial da Rússia, no ano que vem. O time também somou pontos importantes para se manter na liderança do ranking mundial, posto que ocupa ininterruptamente desde 2003.
– Depois de uma frustração do que foi a Olimpíada, com a cicatriz ainda em processo de… (pausa). Porque faz muito pouco tempo, nem quis ainda rever os jogos – vou tentar fazer isso na Itália. A frustração era muito grande, e foi um choque de energia muito grande quando chegamos em Saquarema e vimos a motivação que essa garotada estava para o Sul-Americano. Vi que estou muito motivado ainda também, e que estou fisicamente e mentalmente pronto para jogar em alto nível ainda. Eu me preparo a cada dia para isso. Pude sentir isso quando encontrei com eles. Foi um momento de virar a chave e começar a pensar em nosso futuro – emendou – completou Bruninho.
O camisa 1 do Brasil analisou o nível da Olimpíada:
– As coisas aconteceram muito rápido, não queria me martelar ainda mais, eu sofro muito sozinho. E se eu continuasse a fazer essa reflexão não seria bom para mim – ainda mais tendo o Sul-Americano para disputar. Acho que, tecnicamente, o nível da Olimpíada melhorou. A gente não conseguiu ser consistente como em outros momentos – disse.