Às vésperas de sua quinta Olimpíada, o levantador Bruninho já vivenciou sensações bem diferentes com a camisa do Brasil: o êxtase com o ouro, o sabor às vezes bem amargo da prata e mais recentemente um quarto lugar frustrante perdendo para um arquirrival continental. Com essa bagagem, ele garante que a Seleção chegará forte para os Jogos de Paris-2024 mesmo após um ano de altos e baixos.
– O Pré-Olímpico mostrou o quão fortes e resilientes somos como equipe. Depois da derrota para a Alemanha, sabíamos que teríamos que vencer todas as partidas e passamos por muitos momentos difíceis, onde a pressão estava muito alta. Sabemos que há um equilíbrio incrível no vôlei internacional neste momento, mas estamos muito mais confiantes no que podemos fazer como equipe após a vitória no Rio e sabemos que se conseguirmos trabalhar duro e nos prepararmos bem para as Olimpíadas, chegaremos lá prontos para competir com qualquer um – comentou Bruninho, em entrevista ao site Volleyball World.
Por enquanto o Brasil não tem um treinador confirmado para Paris-2024. Renan Dal Zotto pediu demissão em outubro logo após garantir a vaga olímpica. Bernardinho, pai de Bruninho, é o mais cotado para assumir, faltando a CBV oficializar. Nos Jogos Pan-Americanos, Giuliano Ribas, o Juba, comandou como interino.
Independentemente de quem seja o novo técnico, Bruninho crê que o profissional escolhido poderá conduzir o Brasil ao tetra olímpico, igualando os feitos de 1992, 2004 e 2016.
– Penso que independentemente de quem seja o próximo treinador, esta equipe tem uma filosofia de trabalho muito clara, que foi construída há vários anos e continua até agora. Somos uma equipe que trabalha muito e que valoriza cada jogador do elenco. Tenho certeza que o próximo treinador abraçará esses valores e o mais importante será estarmos focados e determinados para aproveitar ao máximo o tempo que temos para nos prepararmos antes do VNL e das Olimpíadas. Estou muito confiante de que seremos muito fortes em 2024 – acrescentou Bruninho.
Já sobre 2023, Bruninho admitiu que a Seleção deixou a desejar, mesmo com a confirmação da vaga olímpica
– Foi um ano de muitos altos e baixos para a nossa equipe, mas, com muito esforço, conseguimos cumprir nosso objetivo principal, que era a classificação para Paris-2024. Acho que fomos muito inconsistentes no VNL antes de cair para a Polônia nas quartas de final. O Campeonato Sul-Americano foi definitivamente o ponto mais baixo da temporada, pois perder em casa foi muito frustrante e um duro golpe. Após o Pré-Olímpico, enviamos uma equipe jovem para os Jogos Pan-Americanos e foi muito bom vê-los não só ganhar o ouro, mas também adquirir alguma experiência. Por isso, diria que embora não tenha sido certamente uma temporada perfeita, alcançamos o nosso objetivo principal, que era importante – concluiu o atleta de 37 anos.