A Polônia B deu muito mais trabalho que o esperado aos, teoricamente, favoritos no Grupo B da fase final da Liga das Nações, que acontece em Chicago, nos Estados Unidos, Brasil e Irã.
Isso, porque o técnico Vital Heynen optou por levar um time alternativo para essa fase da competição, deixando os titulares treinando para o Pré-Olímpico, que acontece entre os dias 2 e 4 de agosto. Os poloneses estão numa espécie de grupo da morte no torneio, o Grupo D, que tem ainda França, Eslovênia e Tunísia. Apenas um se classifica no Pré-Olímpico. Quem ficar de fora, terá de disputar a repescagem depois e corre o risco de não ir aos Jogos de Tóquio-2020.
Mas, mesmo com o chamado time B, a Polônia,atual bicampeã mundial (2014 e 2018), ambos os títulos conquistados com vitórias sobre o Brasil na final, tem jogado em um nível altíssimo. Na quinta-feira à noite, depois de terem vencido o Brasil por 3 sets a 2, na quarta, os poloneses derrotaram o Irã por 3 sets a 1, de virada, de garantiram vaga nas semifinais da Liga das Nações como primeiro colocado do grupo.
Brasil e Irã se enfrentam nesta sexta-feira, a partir das 19h, pela segunda vaga da chave. No Grupo A, Rússia e Estados Unidos também já se classificaram. A França está eliminada após duas derrotas. Norte-americanos e russos jogam também nesta sexta, às 22h, para definir os confrontos das semifinais. Como vão jogar depois de Brasil x Irã, as duas seleções poderão, teoricamente, escolher o adversário que preferem enfrentar na próxima fase.
Com o coração
O capitão da Polônia, o central Karol Klos, falou sobre a classificação:
– É uma sensação incrível porque estamos jogando com o coração. Acho que hoje (quinta-feira) foi ainda mais difícil do que ontem porque menos energia, menos energia. Mas, ainda assim todos os 14 jogadores nos ajudaram muito. É uma classificação incrível para nós, mas queremos mais – disse Klos.
O central comentou sobre o cartão vermelho que o time levou no terceiro set, quando perdia para o Irã e virou o placar. O mesmo aconteceu contra o Brasil. No terceiro set, o técnico Vital Heynen arrumou uma confusão na quadra, reclamou da arbitragem, parou o jogo e a equipe levou o cartão vermelho, quando o Brasil vencia por 16 a 11. Curiosamente, depois disso, os poloneses iniciaram uma reação incrível, fizeram 2 a 1 no jogo e, no tie-braek, acabaram levando a melhor.
– É engraçado porque ontem (quarta-feira) também tivemos um cartão vermelho e marcamos alguns pontos imediatamente. Hoje (quinta-feira) foi a mesma história. Cartão vermelho e começamos a jogar novamente – disse Klos.
O técnico da Polônia, Vital Heynen falou da boa relação entre bloqueio e defesa que seu time vem demonstrando na fase final da Liga das Nações.
– Acho que o primeiro set não estávamos bloqueando e defendendo. Nossa melhor arma é a defesa após o bloqueio. Se você não bloquear e defender, não vai conseguir ganhar. Durante a partida ficamos cada vez melhores. Começamos a controlar os ataques adversários e o jogo mudou. É loucura. Ontem (contra o Brasil) jogamos cinco sets e deveríamos ser os fisicamente mais fracos. Mas, mostramos ser mais fortes. Quanto mais tempo jogamos, melhor ficamos – disse o treinador.
Liga das Nações
Fase final
Quinta-feira 11/07
Polônia 3 x 1 Irã (21/25, 25/18, 25/20, 25/22)
Rússia 3 x 0 França (25/16, 25/23, 25/17)
Sexta 12/07
19h Brasil x Irã SporTV 2
22 EUA x Rússia SporTV 2
Sábado 13/07
19h Semifinal 1 SporTV 2
22h Semifinal 2 SporTV 2
Domingo 14/07
20h Final SporTV 2
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