A Superliga 2022/2023 começará neste domingo para o tradicional time de Suzano, de volta à elite após 13 anos, enfrentando o Sesi, às 19h, na Vila Leopoldina. Em quadra, o time paulista terá um casal: o levantador Luís Rodrigues e o ponta/oposto Angellus. Exemplos de coragem assumindo o namoro em um ambiente ainda marcado pela discriminação.

– No começo, eu tinha certo receio do que o povo ia pensar, do que a galera ia falar, do que a torcida ia achar, mas depois que se tornou público tudo mudou pra mim, eu achei que eles iam ter tal reação, mas foi uma reação muito boa, de carinho – disse Angellus, ao Globo Esporte.

– A gente não tá fazendo nada de errado, sendo feliz, pagando suas contas e fazendo seu trabalho, então, pra gente, isso, com certeza, dá um empurrão assim gigantesco – emendou Luís.

A atual edição da Superliga será marcada por uma mudança importante no regulamento, fazendo com que times percam pontos caso qualquer ato de discriminação por raça, gênero, orientação sexual, religião, pessoas idosas ou com deficiência aconteça envolvendo atletas, treinadores, dirigentes, comissão técnica e até torcedores.

RETORNO E ESTREIA

Suzano chegou à primeira divisão menos de um ano após sua criação, em agosto de 2021, conquistando os títulos das Superligas C e B.

– Desde que iniciamos essa trajetória, nós tínhamos o objetivo de chegar a uma Superliga Nacional. Agora estamos aqui e vamos lutar para representar a cidade da melhor forma possível – ressaltou a supervisora Ana Paula Ferreira, a Fofinha.

Já o técnico Marcos Miranda elogiou o adversário da estreia.

– O Sesi é uma equipe forte, vice-campeã paulista, mas nós também temos um plantel muito qualificado que trabalhou muito nas últimas semanas para chegar em suas melhores condições para a partida. Mesmo sem o nosso público, temos condições de lutar por uma vitória – comentou.