O Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem julgará o caso Tandara na próxima segunda-feira (23/5). Segundo reportagem do Uol, a jogadora tentará provar a contaminação de suplementos alimentares comprados em duas farmácias de manipulação. Tandara deu positivo para o anabolizante ostarina, com a revelação acontecendo durante a Olimpíada de Tóquio, no ano passado.
De acordo com a publicação, a defesa de Tandara não teria provas da contaminação dos suplementos. Todos os testes de produtos feitos pelo Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem não teriam apontado a presença de ostarina.
Desta forma, o caminho encontrado pela defesa seria apresentar laudos identificando que algum outro suplemento vendido pelas mesmas farmácias continha alguma substância proibida, transferindo a culpa do doping para os estabelecimentos. O Uol aponta caso recente semelhante da linha de defesa no Brasil, feito por advogados diferentes do caso Tandara, mas sem sucesso.
Dias após Tandara ser expulsa dos Jogos Olímpicos, a defesa publicou uma nota, dizendo que a presença de ostarina no organismo da atleta teria acontecido por acidente.
“Confiamos plenamente que comprovaremos que a substância ostarina entrou acidentalmente no organismo da atleta e que não utilizada para fins de performance esportiva”, dizia um dos trechos do comunicado.
Tandara está suspensa desde o dia 5 de agosto de 2021. O teste dela foi realizado em 7 de julho, em Saquarema, onde a Seleção feminina treinava para as Olimpíada. Ele foi realizado de forma surpresa, após um período de folga das atletas que retornavam da Liga das Nações, em Rimini (ITA).
Casos de doping semelhantes ao da oposto já tiveram suspensões confirmadas de até quatro anos.
Aos 33 anos, Tandara já busca um novo caminho. E o encontrado é o da política. Em maio, ela anunciou ser pré-candidata a deputada federal pelo MDB.