Representantes dos dez primeiros colocados da Superliga Banco do Brasil feminina, ao fim do segundo turno, encerrado ontem, são esperados nesta quinta-feira na sede da Confederação Brasileira (CBV), no Rio de Janeiro. Em pauta, discutir detalhes da competição nacional na próxima temporada.
Os dois principais assuntos são a permanência ou extinção do ranking para as atletas top e a possibilidade de aumentar a quantidade de estrangeiras por time.
Atualmente, apenas a Superliga feminina mantém no regulamento o ranking, com dez atletas (Dani Lins, Fabiana, Fernanda Garay, Gabi, Natália, Tandara, Thaisa, Tifanny, Macris e Fabíola). Cada time pode ter no máximo duas, com a finalidade, segundo o regulamento de “promover o equilíbrio de forças entre as equipes, mediante sistema de pontuação que contempla o gabarito técnico de cada jogadora, sua carreira e desempenho nas últimas temporadas”.
Extinto no masculino, o ranking já não é defendido por todos os clubes do feminino. Os arquirrivais Itambé/Minas e Dentil/Praia Clube preferem o fim da regra. Historicamente, o Sesc volta pela permanência.
Para aprovação da decisão é necessária maioria simples. Vale lembrar que a comissão de atletas da CBV (veja aqui quem faz parte do grupo) também tem direito a voto. No ano passado, ela votou junto com o Praia pela extinção. Após a aprovação, as jogadoras ranqueadas fizeram um protesto nas redes sociais contra a permanência do item no regulamento.
O outro tema da votação será o aumento de duas para três estrangeiras por time, uma posição defendida pelo Minas. Com dólar e euro nas alturas, a contratação de estrangeiras de renome é um privilégio para poucos. E a desvalorização do real tem feito alguns dirigentes repensarem o tema. A lógica das equipes com menor poder de investimento é simples: o custo para ter três estrangeiras, em alguns casos, é aproximadamente o orçamento total de todo o time para a temporada.