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Cecilia Tait acende a pira do Pan de Lima

Ícone da geração mais vitoriosa do vôlei peruano, Tait foi destaque na cerimônia do Pan, na noite de sexta-feira, ao acender a pira
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O vôlei marcou presença na Cerimônia de Abertura dos Jogos Pan-Americanos de Lima, na noite desta sexta-feira.

Cecilia Tait, ícone da principal geração da seleção peruana feminina, na década de 80, medalha de prata na Olimpíada de Seul-1988, teve a honra de acender a pira pan-americana, decretando oficialmente a abertura da competição.

Um dos principais momentos de uma cerimônia marcada pelo bom gosto, por boa música (finalizada com Despacito) e pela emoção dos peruanos em diversos momentos do evento.

Para os menos experientes, vale uma apresentação da carreira de Tait. Apelidada de a “Canhota de Ouro”, ela foi protagonista em uma das maiores conquistas do esporte olímpico peruano: a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. Na final contra a União Soviética, o Peru chegou a abrir 2 a 0 e teve 12 a 6 no terceiro set (na época as parciais acabavam em 15, com a vantagem). Levou uma improvável virada.

Aquela geração do Peru, dominante na América do Sul, foi ainda tricampeã continental (83, 85 e 87) e esteve duas vezes no pódio em Mundiais: prata em 1982 e bronze em 1986. No Pan, o Peru também esteve entre os melhores, com duas pratas (San Juan-79 e Indianápolis-87 e um bronze em Caracas-83).

Tait tinha ao seu lado outros grandes nomes, como Rosa Garcia, Natalia Málaga, Gina Torrealba, Gabriela Perez, entre outras.

A ponta de 1,83m atuou ainda no vôlei brasileiro, no time da Sadia, no início da década de 1990. Participou, inclusive, da conquista do Mundial de Clubes com a equipe dirigida pelo saudoso Inaldo Manta.

No Peru, virou exemplo não apenas pelo talento demonstrado em quadra. Filha de uma família muito pobre, morou durante toda a infância em uma comunidade carente, sem água encanada, energia elétrica e saneamento básico. E nunca esqueceu as origens.

Após encerrar a carreira, criou uma ONG para ajudar crianças carentes na região onde morou na infância e apresentando-as ao esporte. Depois passou a se dedicar à política e foi eleita para o congresso, com uma plataforma voltada ao jovens e ao esporte.

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