Renovação. Essa é a palavra que ecoa nos atuais defensores do scudetto na Itália. Após uma temporada com altos e baixos, mas que no fim foi coroada com o título da Liga Italiana, o Civitanova promete uma mudança na mentalidade de seu projeto. A “reestruturação” com essa nova identidade passa pela saída de dois dos jogadores mais identificados com o clube: o central Robertlandy Simon, MVP do último torneio conquistado pelos italianos, e de Osmany Juantorena, após sete anos de serviços prestados, o principal ídolo dessa era vitoriosa está de saída para o Shangai (CHN). Para compensar essas saídas, a diretoria decidiu seguir um rumo de contratações mais focadas ao desenvolvimento de jovens, como já fez outras vezes ao longo de sua história.
Essa trajetória até atingir o status de um dos clubes mais tradicionais do mundo iniciou no ano de 1990, em Treia, uma pequena cidade na área de Macerata que abriga a empresa Cucine Lube, uma das maiores indústrias italianas do setor moveleiro. Mas o Civitanova só iria ingressar na elite italiana em 1995, dali em diante uma história de sucesso vêm sendo escrita. Entre as suas principais conquistas estão: Mundial de Clubes, 7 Scudettos, 2 Liga dos Campeões, 7 Copas da Itália, 3 Copas Cev, 1 Copa Challenge, 4 Supertaças da Itália, tornando o projeto um dos mais bem sucedidos do século.
Para a temporada 2022/2023, a principal reformulação é nas pontas, com saídas de Juantorena e Lucarelli, apenas o cubano Yant Herrera permanece no plantel. Mas o grande movimento do mercado do clube foi a aquisição da grande revelação da VNL 2022, o ponteiro búlgaro Aleksandar Nikolov. Aos 18 anos essa será sua primeira experiência internacional por um clube profissional. Outros dois jovens italianos da nova safra foram contratados para serem desenvolvidos: Mattia Bottolo, figura carimbada nas convocações da seleção italiana de Ferdinando De Giorgi e, Mattia Gottardo, ponteiro que apareceu na base italiana. Com isso a média de idade do quarteto não chega nem aos 21 anos e, para alinhar a essa inexperiência, nomes como Luciano De Cecco, Simone Anzani e Ivan Zaytsev permanecerão no grupo. Mas não foi só nas pontas que o time investiu, o central campeão olímpico Barthelemy Chinenyeze e o brasileiro Isac, multicampeão pelo Sada Cruzeiro, chegam ao time para aumentar o poderio pelo meio da rede. Mesclando vitalidade e sabedoria, o Civitanova promete ser um clube interessante de ser acompanhado, mesmo que sem altas pretensões de títulos de forma imediata.
Posição na última Liga Italiana: Campeão.
Reforços contratados: Isac (central), Barthelemy Chinenyeze (central), Aleksandar Nikolov (ponteiro), Mattia Bottolo (ponteiro), Mattia Gottardo (ponteiro) e Francesco D’Amico (líbero).
Quem teve o contrato renovado: Luciano De Cecco (levantador), Daniele Sottile (levantador), Gabi Garcia (oposto), Ivan Zaytsev (oposto), Enrico Diamantini (central), Simone Anzani (central), Yant Herrera (ponteiro) e Fabio Balaso (líbero).
Principais baixas: Robertlandy Simon (Piacenza da Itália), Osmany Juantorena (Shangai da China), Lucarelli (Piacenza da Itália)
Técnico: Gianlorenzo Blengini (ITA).
Competições previstas no calendário: Supercopa da Itália, Liga Italiana, Copa Itália e Champions League.
Por Robson Leal, em colaboração ao Web Vôlei
Confira as matérias anteriores da série especial do Web Vôlei
Vakifbank, com Gabi e Egonu, defende ano perfeito
Zaksa tenta se manter no topo sem Semeniuk
Conegliano se renova para seguir no topo
Perugia muda para realizar sonho europeu
Fenerbahce, com Macris, quer volta dos títulos
Wegiel, agora com Mendez, quer desbancar o Zaksa
