Principal bloqueador do Sada Cruzeiro na Superliga masculina de vôlei 23/24, Cledenilson começou nos campos. Ele queria ser jogador de futebol e foi zagueiro e centroavante no clube do Batalhão da Polícia Militar de Santo Antônio de Jesus (BA), onde nasceu. Com 16 anos, ele já tinha cerca de 1,95m, e foi quando o vôlei entrou em sua vida. Veio o convite para um projeto de sua cidade. Mas tinha um sacrifício: caminhar três quilômetros para chegar ao local dos treinos. Ou ter a sorte de conseguir uma carona. Começou a gostar do esporte, mesmo sem o local ter uma grande estrutura. Basicamente os garotos batiam bola e aprendiam os fundamentos.
Antes dos jogos, Cledenilson, como a maioria dos jogadores, gosta de ouvir música, e uma de suas preferidas é “A Vida É Desafio”, do Racionais MC´s, que começa dizendo: “Sempre fui sonhador é isso que me mantém vivo. Quando pivete, meu sonho era ser jogador de futebol, vai vendo…”
Hoje, ao olhar para trás, ele tem a certeza de ter feito a escolha certa. Na atual Superliga Bet7k, são 21 pontos de bloqueio, liderando o fundamento no Sada Cruzeiro. Ele também é o segundo melhor atacante em termos de aproveitamento, com 60%, atrás apenas do cubano Lopez, com 62% – Guilherme Rech aparece em primeiro, mas com poucas atuações.
– Não olho muito os números. Isso é com o que menos tenho que me preocupar. Jogo com o coração e vai fluindo naturalmente. Fico feliz em saber que sou o melhor bloqueador do time. A evolução sempre é o meu objetivo e a equipe contribui bastante para que eu possa bloquear, principalmente – disse Cledenílson. – Já vinha sabendo da minha importância no aproveitamento de ataque, e isso passa uma confiança para o levantador e para os meus companheiros porque eles sabem que estarei sempre me dedicando e dando os meus 100%.
No último jogo da equipe na Superliga, na vitória por 3 sets a 0 sobre o Itambé Minas, o central foi eleito o melhor do clássico e levou para casa o seu segundo VivaVôlei da temporada – o primeiro foi na partida de encerramento do turno, contra o Araguari (MG).
– Fiquei bastante feliz. Gosto de decidir jogos grandes e meus companheiros me ajudaram a ganhar esse VivaVôlei.