O Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, recebeu mais de nove mil torcedores na noite de ontem para a partida entre Fluminense e Sesi Bauru, pelo jogo 3 das quartas de final da Superliga feminina de vôlei. E o clima no ginásio foi elogiado pelas jogadoras tricolores, eliminadas com a derrota por 3 sets a 1, e pelas adversárias, agora garantidas na semi da principal competição nacional.
Inicialmente marcada para a Ginásio da Hebraica, a partida mudou para o Maracanãzinho, aproveitando um coincidência. O futebol do Flu jogaria na mesma noite, pela Copa Sul-Americana, no Maracanã. Assim, a diretor do clube anunciou uma promoção para fazer com que a torcida fizesse “rodada dupla”.
“Na minha modesta carreira de 15 anos de vôlei, eu nunca vi uma festa como a de ontem! 10 mil pessoas no Maracanãzinho, bateria, gente rodando camisa, rosto pintado, fantasia de guerreiro, choro. Eu, uma apaixonada por futebol, duvidei um dia viver isso sendo uma atleta de vôlei. Foi insano, foi de arrepiar. Ali dentro sentimos a energia e a paixão que move a torcida mais amada do Brasil”, escreveu a levantador Bruninha, nas redes sociais.
Já a campeã olímpica Dani Lins, de 40 anos, disse ter vivido um clima inédito na longa carreira como capitã do Sesi Bauru.
“Nunca joguei com torcida de futebol torcendo para o vôlei, cantando, levando o time. É uma torcida muito bonita, de coração mesmo, foi de arrepiar vê-los torcendo. Sou corintiana, quando vou lá no estádio, sinto essa energia. Eu me senti em um estádio de futebol no Maracanãzinho”, comentou a levantadora ao entrevista para a Globo.
Com a vitória, o Sesi Bauru se garantiu nas semifinais para enfrentar o Dentil/Praia Clube, time com melhor campanha na atual Superliga.