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Coluna: Brasil superou expectativas na VNL até aqui

Uma análise de Daniel Bortoletto sobre a participação brasileira na VNL feminina. Com tantos problemas na preparação, resultado deve ser comemorado
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A Seleção Brasileira feminina iniciou a Liga das Nações (VNL) com perspectivas bem negativas. Para alguns, o cenário era o de terra arrasada após pedidos de dispensa, lesões e aposentadorias. Passadas as cinco semanas da fase de classificação, o Brasil está garantido nas finais e por pouco não fez a melhor campanha entre os 16 participantes.

Foram 11 vitórias, quatro derrotas e 35 pontos, mesma pontuação de China e Estados Unidos, os dois líderes. E a sensação de que bons frutos foram colhidos em um momento de entressafra.

Antes de falar dos méritos, é preciso relembrar dos problemas. Bruna Honório precisou passar por uma cirurgia cardíaca, Adenízia operou o ombro, Gabi Cândido revelou enfrentar um problema de síndrome do pânico, Drussyla pediu mais tempo para se recuperar de uma fratura por estresse, enquanto Thaisa, Dani Lins, Camila Brait e Tássia alegaram precisar de tempo para recuperação física e/ou passar mais tempo com familiares. Inclua na lista Fê Garay, lesionada na final da Superliga mas já decidida a não jogar mais pela Seleção, posição já tomada também por Fabiana. Já Tandara e Carol ganharam tempo para descanso antes do início dos treinamentos em Saquarema. Não esqueça ainda de Carol Gattaz, além de Michelle que se casou nos Estados Unidos e teve como madrinha a irmã Monique. Mais do que um time inteiro de opções.

Sem tantas peças, José Roberto Guimarães montou uma espinha dorsal com entrosamento da temporada de clubes. Macris, Gabi, Mara e Léia. Em alguns momentos, Natália (em seu processo de volta controlada aos jogos) e Mayany foram incluídas na equipe. Era praticamente o Itambé/Minas campeão de quase tudo no país. Ter uma base bem formada ajudou neste processo.

Entre os nomes citados, Gabi foi o grande destaque. Ela assumiu o protagonismo no ataque e foi a mais regular da Seleção na fase de classificação. Terminou ainda como e melhor passadora, a como terceira maior pontuadora quinta melhor atacante da VNL. Já Macris, na primeira competição como titular efetiva do Brasil, demonstrou evolução e se firmou.

Gabi tem a melhor recepção da Liga das Nações (FIVB)

Destaco ainda a afirmação de Paula Borgo. Reserva de Fawcett no Dentil/Praia Clube, a oposto viveu alguns bons momentos praticamente na sua estreia neste patamar internacional. Virou agora uma opção para a posição e terá um teste de fogo nas finais, com rivais completos e um nível de jogo que ela pouco enfrentou na carreira.

Caso Zé Roberto oficialize o retorno de Tandara e Carol para as finais da VNL, o grupo brasileiro ganhará duas jogadoras experimentadas e possíveis titulares. Terá chances totais se avançar no grupo com Estados Unidos e Polônia, garantindo assim um lugar na briga por medalhas. Daí para frente o que vier será lucro.

Por Daniel Bortoletto, publicado inicialmente no LANCE!

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Tags: BrasilGabiMacrisVNL

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