As semifinais da Superliga Feminina estão definidas. Avançaram os quatro primeiros da fase classificatória: Itambé Minas x Sesi Bauru e Osasco São Cristóvão Saúde x Dentil Praia Clube. A partida entre Sesc RJ Flamengo e Bauru, ontem à noite foi emocionante (3 a 2) e teve alguns significados. Não serve de desculpa, mas o rubro-negro entrou na competição como o quinto orçamento entre os grandes e sofreu vários percalços na temporada. Teve dois surtos de covid, lesões e a saída da Drussyla, uma jogadora que, se estivesse em boa forma física, emocional e técnica, poderia ajudar o time. Mas não foi o caso.
O Flamengo fez uma partida muito digna contra um Bauru individualmente mais forte, que tem Polina, uma máquina de pontuar. Semifinal é outro campeonato e tudo pode acontecer. Graças a Deus o bom senso prevaleceu e os clubes optaram pela bolha de Saquarema. Precisamos respeitar o momento preocupante que o Brasil está vivendo nessa pandemia. A gente sabe que essa é a hora que os patrocinadores mais prezam, quando o retorno de marketing é maior. Mas existe há mais importante agora: preservar vidas.
A Superliga Masculina mostrou, na última semana, vitórias, de virada, de times com menor investimento sobre os de maior (muito maior) investimento. O Itapetininga eliminou o Sada Cruzeiro e o Montes Claros derrotou o Taubaté. Mostra, numa análise superficial: duas coisas: o Brasil, ao menos no masculino, tem conseguido revelar bons jogadores em várias posições e dar chance aos veteranos que ainda jogam em alto nível. E que favoritismo não ganha jogo.
A diferença entre um time “rico” e um “pobre” é grande na folha de pagamento, mas nem tanto na parte técnica. Some-se a isso o fato de que os “menores” entram com sangue nos olhos contra os “maiores”. Se o favorito entrar numa rotação menor do que o jogo exige, pode ser surpreendido. E foi o que vimos nessa semana de Davi x Golias. O esporte sempre nos ensinando e nos dando lições de vida.
Boa semana de preparação para os clubes! Estamos na reta final da Superliga. Daqui a pouco já é Tóquio!
Medalhista de bronze nos Jogos de Atlanta-1996 e Sydney-2000, a ex-ponteira da Seleção Brasileira Virna escreve como colunista convidada no @webvolei
