A Seleção Brasileira masculina passou a ter o trio mais explosivo do vôlei mundial desde a estreia de Leal?
A pergunta acima gerou uma boa discussão nas redes sociais durante a semana. E certamente já faz parte de um tópico importante na lista de estudos das outras principais seleções do planeta.
Minha resposta para ela, hoje, é sim. E, neste primeiro texto, quero discutir apenas ataque. Em uma outra ocasião vale analisar o desempenho da recepção nesta formação.
O impacto ofensivo da chegada de Leal ao time brasileiro já é nítido. Foram apenas oito jogos na Liga das Nações, mas a distribuição do ataque passou a estar bem mais equilibrada entre ele, Lucarelli e Wallace, uma preocupação extra para bloqueio e defesa adversários. Não é comum ver, em um mesmo lado da quadra, tamanho poderio de ataque.
E nunca foi o estilo do Brasil. Relembrem André Nascimento/Nalbert/Giba. Substitua um dos ponteiros por Giovane, Dante, Murilo… E perceba que os estilos são bem diferentes do que o Brasil tem atualmente.
No papel, a Polônia, a partir do segundo semestre, terá condição de rivalizar com o Brasil. O cubano naturalizado Leon, apontado por muitos especialistas como o melhor do mundo na atualidade, se juntará aos bicampeões mundiais. Deverá formar com Kurek e Kubiak um trio da pesada.
Com é quase possível dizer que Leon vale por dois, a seleção polonesa passará a contar com uma artilharia pesadíssima, compensando o que falta de potência em Kubiak na comparação com os demais citados.
E quem mais pode pleitear brigar neste patamar? A Rússia, quando Mikhaylov voltar da folga, terá novamente a formação com Kliuka e Volkov, assim como os Estados Unidos, com o trio já conhecido formado por Matt/Anderson/Sander/Russell. Já outros possuem duplas da pesada, como a França, com Ngapeth/Boyer, a Itália com Zaytsev/Juantorena e a Sérvia com Atanasijevic/Kovacevic. Precisam encontrar um terceiro fora de série para entrar nesta disputa.
COLUNA DE DANIEL BORTOLETTO PUBLICADA INICIALMENTE NO LANCE!