Começa, nesta sexta-feira, às 21h30, no José Liberatti, o playoff melhor de três da final do Paulista Feminino entre times de características, histórias e perfis diferentes: Osasco e Barueri.
Precisamos falar sobre as Chiquititas. Como elas nos encantam! Não tem como não se identificar com esse time do Zé Roberto. Valente, corajoso, cumpre as determinações táticas, joga com alegria e, tecnicamente, é muito bom. Lorena e Diana, nossas Torres Gêmeas da nova geração, dão o tom do jogo.
Quando você tem um bloqueio eficiente, a defesa funciona e o time engrena. Jacke tem distribuído bem, sem forçar o jogo só com a sua oposta Lorrayna. Adoro times que tem canhotas como oposta, como a minha amiga craque @leiladovolei .
Karina é habilidosa, Glayce aparece bem na potência, ou seja: é um time equilibrado. Não tem um destaque individual. Mas o conjunto funciona, como é característica dos times do Zé: bloqueio forte, fundo de quadra eficiente e distribuição equilibrada.
Já Osasco joga em função da Tifanny, que vive grande fase. Embora tenha sido contratada para jogar na ponta, é na saída que ela rende melhor.
Tem um ótimo fundo de quadra, com duas ponteiras que passam bem, além da Brait, que dispensa comentários. E tem também uma dupla de centrais excelente: Fabi e Adams. Gostei muito de ver a estreia da Fabiana, jogou bem, nem parece que ficou tanto tempo parada.
As ponteiras Carla e Michelle são habilidosas. Não são de pontuar muito, mas fazem o time jogar e isso pode ser suficiente numa equipe que tem uma oposta de decide, como a Tifanny, e centrais que se apresentam para o ataque o tempo todo.
Barueri deve dar atenção maior a Tifanny, claro. Osasco precisa sacar bem para dificultar a vida da Jacke e tornar a distribuição um pouco mais lenta e previsível. Jogo de xadrez, como sempre. Certamente as atacantes de Osasco vão evitar atacar na diagonal e enfrentar as Torres Gêmeas. Lorrayna também deve fazer o mesmo e aproveitar a menor estatura de Carla e Michelle no bloqueio da ponta.
Não arrisco palpites. Osasco é favorito. Mas quem duvida que Barueri pode aprontar? Eu não!
Bom jogo!
Virna é duas vezes medalhista olímpica com a Seleção Brasileira (Atlanta-1996 e Sydney-2000) e escreve como colunista convidada no Web Vôlei